O prefeito de Itamaraju,
Marcelo Angênica (PSDB), está sendo acusado de ter escondido informações sobre
um óbito confirmado como Coronavírus registrado na cidade, temendo repercussão
negativa do fato.
Segundo informações passadas
por um funcionário que pediu sigilo, uma idosa teria ido a óbito no último
final de semana com suspeita de Coronavírus, e apesar do protocolo recomendar
medidas de precaução em relação à realização de velórios e sepultamentos, a
idosa acabou sendo velada e enterrada normalmente e sem restrições após
liberação da prefeitura.
Relatos de familiares dão
conta de que o velório teria ocorrido numa igreja na região central de
Itamaraju por quase dois dias, o caixão teria permanecido aberto e várias
pessoas da cidade e região tiveram contato com o corpo da idosa, inclusive
alguns familiares e amigos que já começaram a apresentar os sintomas.
Segundo a denúncia, Marcelo
Angênica teria pressionado a equipe para que fosse mantido em sigilo a
informação de que o teste coletado da idosa teria sido enviado ao Lacen,
inclusive o caso da senhora não aparecia nos boletins.
Nem mesmo alguns familiares
tinham conhecimento que o caso ainda estava sob investigação, e por isso
acreditavam que ela havia ido a óbito com outra enfermidade, inclusive foram
liberados para velar o corpo sem restrições, fato que reuniu inúmeras pessoas,
pois a mesma era muito querida na comunidade local.
Funcionários da Prefeitura
também nos relataram que estão sendo obrigados a omitir informações e não
realizar testes, sob ameaça de demissão, o que pode complicar a vida do gestor
Municipal e também do seu Secretário de Saúde, Luiz Fábio Lopes, conhecido como
“Fábio da Minas”.
Além do óbito confirmado
dessa idosa, outro também foi divulgado no mesmo boletim. A família de outro
homem que faleceu também aguarda o resultado do exame do Lacen, totalizando 02
óbitos confirmados e um aguardando por confirmação.
Itamaraju tem registrado uma
escalada nos número de casos confirmados de Coronavírus. Em abril o prefeito
Marcelo Angênica recusou 20 leitos de UTIs após ter oferecido o hospital ao
Governo da Bahia para instalação de uma Unidade de Tratamento para o Covid-19.
Além de recusar a instalação, Marcelo Angênica teria mentido ao esconder da
população que havia negociado com o governador Rui Costa a liberação do
hospital sem antes ouvir a população.
Juristas afirmam que o
prefeito poderá ser acionados criminalmente pelo fato de ter escondido
informações e com isso colocado a vida de pessoas em risco com a autorização de
realização de velório aberto./sigaanoticia
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