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segunda-feira, 16 de agosto de 2021

Álvaro denuncia morte de cavalo mas se esquece de que não condenou a ação covarde do irmão que arrastou cachorro até a morte

 

Um post do ex-secretário da Educação de Itanhém, Álvaro Pinheiro, publicado em sua página no Facebook denuncia um crime contra um cavalo, vítima de uma armadilha que, segundo a publicação havia sido preparada para matar capivara nas margens do rio Água Preta, a 200 metros da cidade. 

Álvaro chamou de “ato criminoso” a ação que matou o cavalo, logo, num primeiro momento percebe-se a preocupação dele com o animal. Mas ele também demonstrou preocupação com os pescadores que frequentam aquele ambiente à noite e preocupação também com bovinos que naturalmente são criados naquele espaço. Ele acrescentou que será registrado um boletim de ocorrência, garantindo que “tudo será feito para responsabilizar os culpados”. 

No post o ex-secretário não deixou claro se o ato criminoso ocorreu na fazenda de sua família, por onde também passa o rio Água Preta. A preocupação dele com gado bovino e a afirmação categórica de que vai até às últimas consequências para identificar e punir o criminoso poderia nos levar ao entendimento de que, ao fazer a publicação daquele fato nas redes sociais, ele teria meramente a intenção de defender o próprio patrimônio. 

A citação de que pescadores poderiam ser atingidos, nessa hipótese, não passaria de mero pano de fundo como também não passaria de pano de fundo a preocupação dele com qualquer tipo de animal. 

Na gestão de sua irmã, Álvaro Pinheiro pouco se manifestava nas redes sociais, agora, com eleições à vista, vem se passando por bom moço, demonstrando preocupação com um cavalo que morreu, vítima de uma armadilha. 

A morte do cavalo deve ser condenada sim, inquestionavelmente. 

Porém, é oportuno lembrar que no dia 12 de outubro do ano passado, portanto, no Dia das Crianças, o irmão do ex-secretário, Manoel Batista dos Santos Júnior amarrou um cachorro pelo pescoço e no para-choque do carro e brutalmente arrastou até à morte o animal pelas ruas de Jaguaré, cidade localizada no norte do Espírito Santo. 

O fato teve repercussão nacional e manifestação de instituições e defensores de animais em grande parte do país. Álvaro Pinheiro, no entanto, não usou sua página no Facebook para condenar a ação covarde do irmão. 

Livro 

O triste episódio será imortalizado através da literatura infanto-juvenil, com o livro “O cachorro cor de caramelo que vivia nas ruas de Jaguaré”, de autoria do jornalista e escritor Edelvânio Pinheiro. 

A fábula narra a luta diária do animalzinho pela sobrevivência, a esperança dele de ter uma família de humanos e sua morte trágica. Com ilustrações de Paulo Alaor, um dos mais renomados ilustradores do país, a obra emociona o leitor, despertando nas crianças e nos adolescentes a necessidade de cuidar e de proteger os animais./aguapretanews

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