DOIS DE ABRIL DE 1915
Dois de Abril nasceu espontaneamente, natural mesmo, na confluência do “Córrego dos Caboclos” ou Córrego Dois de Abril com o Prado Grande ou Rio Jucuruçu. Tá tudo ali, bem explicadinho, na cópia do livro de autoria do Frei Samuel Tetteroo. A obra tem o título de “Memória histórica e geográfica do município de Jequitinhonha”, de 1919, que descreve a “história de Jequitinhonha dum tempo que o município compreendia todo o Baixo Jequitinhonha”. Não é pouco.
A povoação de “Dous de Abril” começou quase que ao mesmo tempo da povoação de Santo Antônio de Ariary, atual Palmópolis, depois de ter sido Santo Antônio do Triumpho (em substituição a Santo Antônio do Ariary) e Bananeiras, ambas situadas à margem direita do Rio Jucuruçu.
Sem querer ser leviano nem precipitado, mas por entender que Dois de Abril já passou da hora de ter um registro de nascimento, com data e uma paternidade responsável, proponho, não por decreto, mas como desafiadora sugestão que se determine, de uma vez por todas, o dia 2 de abril de 1915 como marco inaugural de Dois de Abril.
Nascida no berço das terras
devolutas de São Miguel de Jequitinhonha e depois de Salto Grande, banhada pelo
Córrego dos Caboclos a sudoeste e do Rio Jucuruçu a leste e cercada por morro a
oeste, que a paternidade de nossa vila possa ser atribuída a todos aqueles
desbravadores dessas matas, pioneiros que foram Sesnando Grampiuna – que não
sei quem seja ou de quem era parente –, os Ferreira da Cruz, os Prado, os
Gonçalves e, por que não, os aborígenes que habitaram nossas matas e que
desapareceram vitimados pela bexiga (varíola), doença infectocontagiosa, e uma
das principais causas de mortes em nosso país, desde o seu
descobrimento./Wilton Soares Dos Santos
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