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sexta-feira, 23 de junho de 2023

Quem são as vítimas que morreram no submarino que implodiu durante passeio para ver destroços do Titanic


A empresa OceanGate confirmou nesta quinta-feira (22) que os cinco tripulantes do submarino que estava em uma expedição turística para ver os destroços do Titanic morreram. O submersível sumiu no domingo (18) e os destroços foram encontrados nesta quinta. De acordo com a Guarda Costeira dos Estados Unidos, o veículo explodiu.

Eles eram: 

Shahzada Dawood, empresário paquistanês;

Suleman Dawood, filho do empresário paquistanês;

Hamish Harding, um bilionário empresário e explorador britânico;

Paul-Henry Nargeolet, também estaria no submarino, segundo o "The Guardian" e a BBC;

Stockton Rush, diretor-executivo da OceanGate. 

"Eram verdadeiros exploradores": leia comunicado da OceanGate

INFOGRÁFICO: mostra a profundidade do local; ambiente é hostil

Conheça o Odysseus 6K, robô que encontrou destroços nas áreas de buscas pelo submarino

(MODELO 3D: Deslize o mouse para os lados para ver submarino) 

Quem eram os passageiros 

Stockton Rush é o diretor-executivo e co-fundador da OceanGate, a empresa privada que opera embarcações submersíveis para exploração e turismo em alto-mar, como nos destroços do Titanic. 

Stockton Rush em imagem sem data publicada no site da OceanGate — Foto: Reprodução/OceanGate

Rush participou do desenvolvimento das embarcações submersíveis da OceanGate, incluindo o Titan, o submarino que desapareceu. 

Como editor-executivo, ele é a principal autoridade da empresa para as operações, direção estratégica e parcerias. 

Hamish Harding é um bilionário que fundou e, hoje, é presidente da Action Aviation, uma empresa especializada em serviços de aviação e aeroespaciais. 

Imagem de Hamish Harding, um dos passageiros da embarcação submersiva que sumiu ao fazer uma expedição para ver os destroços do Titanic — Foto: Reprodução/Facebook

Ele estudou ciências naturais e engenharia química em Cambridge. Harding é aviador (ele tem licença de piloto de transporte aéreo também de jatos) e paraquedista. 

No passado, ele trabalhou em uma empresa de turismo que levava pessoas à Antártica, e ele fez muitas viagens ao Polo Sul. 

Em 2022, ele viajou com a empresa Blue Origin, de Jeff Bezos, para o espaço. 

Shahzada Dawood é vice-presidente de um dos maiores conglomerados do Paquistão, a Engro Corporation, que tem investimentos em fertilizantes, fabricação de veículos, energia e tecnologias digitais. Ele vive no Reino Unido com a mulher e dois filhos. Suleman Dawood, filho do empresário paquistanês, também morreu na tragédia. 

Dois tripulantes eram pai e filho: Shahzada e Suleman Dawood — Foto: Reprodução/TV Globo

Paul-Henry Nargeolet é ex-comandante da Marinha Francesa. Ele é considerado o principal especialista no naufrágio do Titanic. O francês também é diretor de pesquisa subaquática de uma empresa que detém os direitos sobre os destroços do Titanic. 

Imagem sem data de Paul Henry Nargeolet, um ex-comandante da Marinha da França — Foto: Reprodução/LinkedIn

Passeio para ver o Titanic 

A embarcação que desapareceu é chamada Titan. Ela é classificada como um submersível, pois não é autônoma (ela depende de uma plataforma de apoio para ser implantada e retornar). 

O submarino turístico é uma embarcação que permite aos passageiros conhecerem o mundo debaixo d'água sem precisarem ser mergulhadores ou passarem por treinamento especializado. Geralmente, são menores do que os submarinos militares. 

Em 2017, submarino argentino desapareceu e demorou 1 ano para ser encontrado

A OceanGate cobra US$ 250 mil (R$ 1,19 milhão) de cada passageiro por um lugar em sua expedição para ver os destroços do Titanic, que naufragou em 1912. 

Na semana passada, a empresa começou a quinta "missão" aos destroços do Titanic, de acordo a página da empresa na internet. A viagem tinha previsão de durar oito dias e terminaria na próxima quinta-feira. 

Para descer até o local dos destroços, que fica a uma profundidade de 3.800 metros no Oceano Atlântico, o submersível leva cerca de 2,5 horas. 

No início de 2023, um repórter da CBS leu os termos que as pessoas devem assinar antes de embarcar. Entre outras coisas, o texto dizia que a viagem é feita em "um submersível experimental, que não foi aprovado nem certificado por nenhum órgão regulador e pode resultar em danos físicos, psicológicos, ou morte". Não há, entretanto, informações precisas sobre os termos assinados pelos passageiros do submersível que desapareceu./G1

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