Ela destacou que seu programa de governo preservava mais as bandeiras do movimento do que as propostas defendidas por sua adversária, a presidente Dilma Rousseff (PT). A presidenciável conseguiu contornar a situação, lembrando que seus parentes são do Ceará e que, por essa razão, se sentia em casa. “Na casa da gente, a gente recebe bem, com respeito e educação”, rebateu.
No discurso, de aproximadamente 20 minutos, Marina se emocionou ao lembrar das dificuldades que sua família viveu no seringal Bagaço, no interior do Acre. Ela mencionou um episódio em que seus pais deixaram de comer para alimentar os filhos. “Quem viveu essa experiência jamais acabará com o Bolsa Família”, declarou. Marina voltou a dizer que é vítima de calúnias, mentiras e difamações de seus adversários e comparou as injustiças que, segundo ela, vem vivendo a situações semelhantes vividas por Gandhi e Nelson Mandela.
“Prefiro sofrer uma injustiça do que praticar uma injustiça”, afirmou. Ela também lembrou a sucessão presidencial de 1989, quando Fernando Collor de Mello venceu Luiz Inácio Lula da Silva com base em mentiras, segundo a candidata. “As mentiras contra a Lula não são maiores do que o Lula”, disse. Em seu discurso, Marina comparou ainda a situação atual enfrentada por ela na campanha a do batalhão de Golias contra David.
Autonomia do BC
O vice da chapa do PSB, Beto Albuquerque, disse em seu discurso que, num eventual governo de Marina Silva, haverá investimentos para conclusão da Transnordestina e da transposição do São Francisco.
Ele também voltou a defender a autonomia do Banco Central e disse que é preciso dizer não ao governo do “descontroles”.
“Nunca na história do Brasil os banqueiros ganharam tanto quanto nos governos Lula e Dilma”, afirmou o vice de Marina. Albuquerque rebateu as críticas de que Marina vem sendo sustentada por banqueiros. “Aliança com os banqueiros eles (Lula e Dilma) já fizeram”, provocou.
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