O governador Rui Costa comentou, nesta segunda-feira (12), durante cerimônia de adesão do PTN ao seu governo sobre as declarações do prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), após anúncio oficial do rompimento entre os petenistas baianos e o gestor soteropolitano, principal liderança oposicionista hoje no estado.
Em nota enviada à imprensa, ACM Neto informou que “não poderia aceitar as barganhas e trocas de cargos” que foram apresentadas pelo PTN e, por conta disso, resolveu “não ceder e deixar o PTN à vontade para seguir o seu caminho".
“Você deixa de ter os aliados um dia e, no outro dia, começa falar mal dos [ex-] aliados. Fui vítima disso no ano passado quando até maio vários partidos que apoiaram o candidato do DEM [Paulo Souto], mas faziam parte do governo [Wagner]. O PSC fez isso, o PRB fez isso, e nem por isso saí publicamente falando mal desses partidos”, afirmou o líder baiano, que revelou ter ficado “surpreso quando uma pessoa de um desses partidos foi ao rádio e a televisão falar mal de mim”.
Para Rui Costa, o comportamento do prefeito da capital baiana não foi bem visto pela população. “Como é que está junto em um dia e, no dia seguinte, não está mais junto e já acha a pessoa a pior possível. Ou a pessoa tinha mudado, e você não tinha percebido, ou alguma coisa está estranha”, questionou.
Para o deputado federal João Carlos Bacelar (PTN), também presente na cerimônia de adesão do seu partido ao governo Rui Costa, o prefeito ACM Neto se posicionou com relação ao PTN em um “momento de rancor e separação”.
“O prefeito sabe que não houve barganha nenhum. Tive uma convivência com o prefeito de quase 20 anos. Prefiro guardar do prefeito a imagem daquele companheiro que sempre agradecia a caminhada que fazíamos e a importância que o PTN sempre teve em seu projeto político. O passado é o passado e eu desejo que o prefeito consiga atender as expectativas do povo de Salvador. Só isso”, disse.
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