O senador Randolfe Rodrigues
(Rede-AP) protocolou nessa quarta-feira (18) um novo pedido de impeachment
contra o presidente Michel Temer. A denúncia sugere "possível prática de
crime de responsabilidade" por causa de obra na casa de uma das filhas do
presidente, que teria sido paga em dinheiro vivo pela mulher do coronel João
Baptista Lima Filho, amigo do emedebista.
De acordo com o senador, a
prisão preventiva de parte dos amigos de Temer, no final de março, demonstra
que recursos de caixa 2 e de propina foram destinados para a construção de bens
pessoais particulares da família do presidente, fatos negados anteriormente por
ele.
A Polícia Federal investiga a
reforma no imóvel da psicóloga Maristela Temer sob a suspeita de que tenha sido
bancada com dinheiro de propina da JBS.
"Ao que se vê, o Sr.
Presidente mentiu, por duas ocasiões, durante o exercício do mandato
presidencial, em depoimento à autoridade policial, quer seja quando não admitiu
o recebimento de valores não contabilizados (“caixa 2”, possivelmente oriundo
de corrupção) em campanha eleitoral, quer seja quando negou qualquer transação
entre ele e o Sr. João Baptista Lima Filho, já denunciado justo por ser seu
operador pessoal de propinas", diz o documento.
A PF investiga se Temer
recebeu propina por meio da reforma da casa de sua filha, feita pela arquiteta
Maria Rita Fratezi, mulher do coronel. A casa foi adquirida em 2011 por
Maristela, filha do presidente, e em 2014 passou por uma grande reforma. Maria
Rita foi apontada por um dos fornecedores da obra como a responsável por pagar
a ele R$ 100 mil em espécie.
Randolfe diz confiar que
Rodrigo Maia terá “senso de responsabilidade” e irá analisar o pedido:
— Acho que tem um fato novo.
O presidente da Câmara precisa responder se mentir para uma autoridade policial
é crime de responsabilidade — ressaltou.
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