A Copa América é do Brasil
pela nona vez na história. Para colocar a mão na taça continental depois de 12
anos, a equipe do técnico Tite sofreu contra o Peru para vencer por 3 a 1, no
Maracanã, neste domingo, 7. O time levou o primeiro gol na competição, teve
Gabriel Jesus expulso, atuou com um a menos por mais de 20 minutos, porém se
mostrou eficiente como sempre e merecedor da taça.
A seleção brasileira ganha
mais uma vez a Copa América em casa e compensa, inclusive, a ausência de
Neymar. Três nomes lapidados e consolidados ao longo da competição decidiram a
final. Richarlison converteu o pênalti decisivo, Everton marcou mais um gol e
Gabriel Jesus deu assistência, fez gol e foi expulso.
O reencontro com o Brasil na
final após a partida na fase de grupos fez os peruanos repetirem a proposta de
jogo. Marcação adiantada, bom toque de bola e dois chutes a gol antes dos dez
primeiros minutos mostraram um time confiante. Com Guerrero centralizado no
ataque e um pelotão de cinco meias, a marcação era caprichada e os visitantes
deixavam o Brasil com menos posse de bola.
Paciente, o Brasil encontrou
o caminho ao gol aos 14 minutos ao se aproveitar da maior debilidade peruana
nesta Copa América, as laterais. Daniel Alves lançou pelo alto, por cima do
bloco peruano de marcação no meio-campo e deixou Gabriel Jesus livre para
superar Trauco e cruzar. Advíncula errou o posicionamento e deixou Everton
aparecer livre para completar a gol.
A expectativa de abrir uma
nova goleada não se confirmou. O Brasil continuava com dificuldades para passar
pela marcação. Os peruanos tiveram o mérito de manter a calma após a
desvantagem e acabaram premiados pelo esforço. Cueva tentou um passe dentro da
área e a bola bateu na mão de Thiago Silva, que tentava um carrinho. O árbitro
chileno Roberto Tomar marcou pênalti, depois consultou o vídeo e na sequência,
manteve a decisão. Guerrero cobrou e empatou.
O Maracanã ficou mudo. O
primeiro gol sofrido pelo Brasil no torneio fez os jogadores em campo
gesticularem entre si com o pedido para não se abater. Deu certo. Aos 47,
Arthur recuperou uma bola, conduziu e contou com o escorregão de um peruano
para deixar Gabriel Jesus livre para tirar de Gallese. O desempate era o calmante
necessário para o Brasil terminar o primeiro tempo livre de qualquer agonia.
O Peru voltou para o segundo
tempo com os pontas Carrillo e Flores invertidos de posição. A postura mais
ofensiva deu trabalho para o Brasil, mas por outro lado abriu mais espaço para
Coutinho aparecer. A seleção não aproveitou duas boas chances para fazer o
terceiro e recebeu um duro golpe aos 24 minutos. Irritado com a marcação,
Gabriel Jesus fez falta em Tapia, levou o segundo amarelo e foi expulso.
A vantagem numérica em campo
fez o Peru arriscar mais. A torcida sentiu o momento delicado e começou a se
agitar mais depois de Flores quase empatar de fora da área. O técnico Tite foi
outro a acusar a expulsão, ao tirar Coutinho e colocar o lateral Éder Militão.
A mudança deixou o Brasil com a defesa reforçada e fez Daniel Alves ser
posicionado como meio-campista.
A parte final do segundo
tempo teve o Brasil com dois objetivos: segurar o jogo e provocar a expulsão de
algum peruano. A cada falta ou dividida, a reclamação brasileira para cobrar
cartão faziam os cerca de 70 mil presentes gritarem. O jogo ficou travado,
tenso e aos 41 minutos, viveu um novo momento decisivo. O árbitro marcou
pênalti em Everton na área, consultou o árbitro de vídeo e assim como no
primeiro tempo, manteve a decisão.
A bola decisiva caiu para
Richarlison, aos 45 minutos do segundo tempo. O atacante que teve caxumba
durante a Copa América cobrou no canto de Gallese e fez o estádio aliviar a
preocupação. Teve gritos de "campeão", sinalizador e o coro de
"o campeão voltou" para coroar o encerramento da campanha
vitoriosa./Atarde
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