Morreu na madrugada deste
domingo (15), em São Paulo, o cantor português Roberto Leal, aos 67 anos. A
informação foi confirmada pela assessoria de imprensa do Hospital Samaritano,
onde o cantor estava internado. Ele ficou conhecido pelas músicas "Arrebita"
e "Bate o pé".
A morte ocorreu devido a um
melanoma maligno (tumor) que evoluiu, atingindo o fígado e causando síndrome de
insuficiência hepato-renal. O cantor vinha há dois anos tratando um câncer.
Segundo a assessoria de
imprensa do cantor, Leal foi internado no hospital desde terça-feira (10), após
ter uma reação alérgica a um medicamento que tomou.
O velório será na
segunda-feira (16) na Casa Portugal, das 7h às 14h. O enterro será à tarde, no
Cemitério de Congonhas, na Zona Sul da capital paulista, informou o empresário
do cantor há mais de 40 anos, José Sá.
Roberto Leal morava na
capital paulista havia alguns anos.
Carreira
Em 45 anos de carreira,
vendeu mais de 17 milhões de discos e gravou mais de 400 músicas. Entre elas,
também estão faixas como “Bate o pé” e “A festa ainda pode ser bonita”.
Nascido em Macedo de
Cavaleiros, no norte de Portugal, o cantor se mudou para o Brasil aos 11 anos,
com os pais e nove irmãos. Em São Paulo, trabalhou como sapateiro e vendedor em
uma feira.
Em 1978, protagonizou o filme
“O milagre – O poder da fé”, inspirado em sua própria história.
No final dos anos 80, voltou
a morar em Portugal para se dedicar ao mercado musical europeu. Nesse período,
comandou um programa na TV do país.
Mais de 20 anos depois do
lançamento de “Arrebita”, a popularidade do cantor ganhou vida nova quando, em
1995, os Mamonas Assassinas lançaram “Vira-vira”, que satiriza músicas dele.
Em entrevistas, Leal
costumava dizer que se sentia homenageado pelo grupo.
Retornou ao Brasil em 1998 e,
dois anos depois, lançou o disco "Roberto Leal canta Roberto Carlos".
Seguiu produzindo discos e coletâneas. O último, “Arrebenta a festa”, saiu em
2016.
Em 2018, foi candidato a
deputado estadual de São Paulo pelo PTB, mas não conseguiu se eleger.//G1
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