O diretor-geral da Polícia
Federal (PF), Maurício Leite Valeixo, foi exonerado do cargo. A exoneração
ocorreu "a pedido", segundo decreto assinado pelo presidente Jair
Bolsonaro e pelo ministro da Justiça, Sergio Moro, e publicado no "Diario
Oficial da União" desta sexta-feira (24/04).
Moro, no entanto, foi pego de
surpresa pela exoneração - que não ocorreu "a pedido" como diz o
Diário Oficial - e ficou indignado. O ministro não assinou a demissão e não
esperava que isso ocorresse nesta sexta. Como o cargo é de livre nomeação do
presidente, o ministro não precisaria assinar o despacho. Moro pretende dar uma
entrevista nesta sexta às 11h.
Questionado por apoiadores no
fim da tarde, ao chegar à residência oficial do Palácio do Alvorada, o
presidente Jair Bolsonaro não respondeu.
Não foi nomeado ainda um
substituto para o comando da PF. Entre os nomes cotados estão:
Alexandre Ramagem,
diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
Anderson Gustavo Torres,
secretário de segurança pública do DF
Fabio Bordignon,
diretor-geral do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), que conta com a
aprovação e confiança de Moro
.A preferência do Preidente
Jair Bolsonaro é Alexandre Ramagem para assumir o comando da Policia Federal. O
nome dele não tem o apoio de Moro. Ministros da ala militar avaliam que o
ministro da Justiça vai deixar o governo
A intenção, segundo
interlocutores, seria colocar na PF um nome próximo do presidente. O
diretor-geral exonerado é visto como o braço direito de Sergio Moro na pasta.
Com a troca, a avaliação é de que o sucessor não teria um perfil similar.
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