O ex-ministro da Justiça e
Segurança Pública, Sérgio Moro, apresentou provas que comprovam as acusações
feitas durante seu pronunciamento na tarde desta sexta-feira, 24, que culminou
com sua saída do comando da pasta. As informações foram obtidas pelo Jornal
Nacional (JN).
Em mensagens apresentadas por
Moro durante conversa com Jair Bolsonaro, ocorrida na quinta-feira, 21, o
presidente mostra uma matéria com a chamada 'PF na cola de 10 a 12 deputados
bolsonaristas', como forma de justificar a intenção no afastamento de Maurício
Valeixo do cargo de diretor-geral da Polícia Federal.
No entanto, o juiz respondeu
ao chefe do executivo que o inquérito é inteiramente conduzido pelo ministro do
Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. "Diligências por ele
determinadas, quebras por ele determinadas, buscas por ele determinadas.
Conversamos em seguida, às 09h".
Também foi solicitado que
Sérgio Moro provasse não ter pleiteado uma recomendação ao presidente por uma
cadeira no STF. Para isso, o ex-ministro expôs uma conversa com uma das fortes
aliadas de Bolsonaro no congresso, a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP).
"Por favor, ministro,
aceite o ‘Ramage' e vá em setembro para o STF”, escreveu a parlamentar se
referindo ao diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin),
Alexandre Ramagem, um dos favoritos de Bolsonaro para chefiar a Polícia
Federal. "Eu me comprometo a ajudar e fazer JB (Jair Bolsonaro)
prometer", completou a deputada
Por fim, Moro recua na
proposta feita por Zambelli. “Prezada, não estou à venda”. Questionada, a
deputada federal informou que não irá comentar acerca do caso./A Tarde
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