O Ministério da Saúde publicou uma nota informativa nesta quarta-feira (15) voltando atrás sobre a vacinação de adolescentes de 12 a 17 anos sem comorbidades. Agora, a orientação do ministério é que não seja feita a vacinação deste grupo. A decisão ocorre um dia depois de o próprio ministério negar um boato que circulava falando que sua recomendação era não vacinar adolescentes.
O Fato ou Fake publicou uma checagem com o seguinte título: "É #FAKE que Ministério da Saúde e Anvisa não recomendam vacinar menores de 18 anos contra a Covid-19".
A mensagem falsa que circulou nas redes se amparava em um documento desatualizado do Plano Nacional de Imunização. A infectologista Luana Araújo chegou, inclusive, a publicar um post no Instagram falando sobre a "mentira". Consultados, o Ministério da Saúde e a Anvisa também negaram o boato.
Nesta quarta (15), porém, a Nota Técnica nº 36 do Ministério da Saúde, que autorizava o uso da vacina Comirnaty do fabricante Pfizer/Wyeth em crianças e adolescentes com 12 anos de idade ou mais, foi retirado do ar no site do ministério. O aviso: "Esta página está em atualização". E o ministério soltou uma nova nota.
A lei 14.190/2021 autoriza a inclusão de crianças e adolescentes com deficiência permanente, com comorbidade ou privados de liberdade, no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19. Esses grupos, segundo o ministério, estão mantidos.
Uma outra versão da mensagem falsa afirmava que a Anvisa emitiu no dia 10 de setembro uma atualização no Plano de Imunização não recomendando inocular menores de 18 anos. Isso não é verdade. Com a decisão de voltar atrás do ministério, porém, o Conselho Nacional de Secretarias de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) pediram na manhã desta quinta (16) um posicionamento da agência sobre a aplicação da vacina em adolescentes de 12 a 17 anos.
A vacina ministrada a menores
de 18 anos é segura. Ainda em março, os laboratórios Pfizer e BioNTech
anunciaram que o imunizante demonstrou eficácia de 100% nos adolescentes com
idades entre 12 e 15 anos. Ele já tinha autorização para ser aplicado em jovens
a partir dos 16 anos./G1
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