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segunda-feira, 6 de março de 2023

Falta de controle em importação de cacau pode deixar produção baiana em risco, alerta Sandro Régis

 


O deputado estadual Sandro Régis (União Brasil) se associou à manifestação de produtores de cacau da Bahia contra a importação de amêndoas de cacau vindas da Costa do Marfim, na África. Ele alerta que existe o risco da chegada de pragas e doenças quarentenárias que não existem no Brasil - já que o país africano não segue os mesmos cuidados adotados e exigidos aqui. 

“A Bahia é o maior produtor de cacau do Brasil  e temos aqui todo um cuidado para garantir produção de excelência. Esse esforço não pode ficar vulnerável aos riscos internacionais a ponto de comprometer nosso bom desempenho”, afirma Sandro Régis, ao lembrar que em 2021 a Bahia respondeu por 71,30% do cacau produzido no país. 

Esta semana uma mobilização da Associação Nacional dos Produtores de Cacau (ANPC) pediu a derrubada da Instrução Normativa Nº 125 (IN125), publicada gestão anterior do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que retirou a exigência fitossanitária para amêndoas importadas da África, como o uso de brometo de metila - gás que age como uma espécie de inseticida. 

Sem a devida proteção, a Bahia fica exposta a pragas existentes naquele país, como a Striga spp e a Phytoptura, com a possibilidade de atingir outras culturas além do cacau, como soja, milho, arroz, feijão, cana-de-açúcar e sorgo. 

“Essa falta de controle pode gerar prejuízos incalculáveis para a agricultura e economia do nosso Estado”, adverte o deputado Sandro Régis, ao reiterar cobrança para que o governo baiano atue com firmeza nessa questão a fim de preservar a cadeia produtiva regional. 

O lote de 13 mil toneladas de amêndoas de cacau africano chegou ao porto de Ilhéus ainda no final do ano passado e desde então virou motivo de preocupação no segmento. 

A ANPC revelou também que, além de não conduzir as lavouras de modo sustentável como acontece na Bahia, a produção africana ainda envolve mão de obra escrava e exploração infantil nos campos cacaueiros./Bahiaextremosul/Ascom

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