Aparecer

Aparecer

Sara Barros, da Justiça Eleitoral de Itamaraju.

Siga-nos no instagram

domingo, 23 de junho de 2024

Investigação em Porto Seguro envolve juízes em grilagem, fraude processual, agiotagem e enriquecimento ilícito


Investigações realizadas nas serventias extrajudiciais de Porto Seguro e no Cartório de Registro de Imóveis e Tabelionato de Notas de Trancoso apontaram para um esquema de corrupção envolvendo juízes, advogados, promotores, empresários e membros do Poder Executivo municipal. 

A Corregedoria-Geral de Justiça (CGJ) do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) identificou crimes como corrupção, lavagem de dinheiro, grilagem de terra, fraude processual e agiotagem. 

JUÍZES AFASTADOS 

O pedido foi acatado pelo Pleno do TJ-BA em uma sessão sigilosa realizada na última quarta-feira (19). 

BLOQUEIOS E RESTRIÇÕES 

Os juízes afastados estão proibidos de acessar o Fórum de Porto Seguro, especialmente as serventias judiciais, de manter contato com servidores e outros magistrados da comarca, e de acessar os sistemas judiciais e administrativos do tribunal. Seus tokens institucionais também foram bloqueados. 

EVIDÊNCIAS DO ESQUEMA 

As investigações começaram com a análise do celular do juiz Fernando Machado Paropat Souza, que revelou sua atuação suspeita em processos judiciais juntamente com o promotor de Justiça Wallace Carvalho. 

PATRIMÔNIO E NEGÓCIOS IMOBILIÁRIOS 

A CGJ descobriu que os magistrados, o promotor e um advogado adquiriram uma área de 60.000 m², dividida em 76 lotes, para um empreendimento imobiliário. 

Até o momento, 101 matrículas em nome dos juízes foram identificadas em áreas valorizadas de Porto Seguro. 

DENÚNCIAS E IRREGULARIDADES 

Depoimentos durante a correição relataram práticas de grilagem, desconsideração de áreas do Estado e da União, e transações imobiliárias suspeitas. 

Os fatos apurados apontam outra atitude suspeita de Stogenski, com a liberação do uso de veículo pertencente ao Poder Judiciário para um réu de um processo de homicídio em trâmite em outra unidade judicial. 

O juiz teria, ainda, autorizado viagens para um homem condenado por evasão de divisas. Além disso, a assessora do juiz estaria atuando em processos nos quais o filho dela é advogado. 

INTERCEPTAÇÕES E AGIOTAGEM 

Interceptações telefônicas incluídas em processos judiciais revelaram conversas onde um presidiário afirmava que o juiz criminal receberia dinheiro para decisões favoráveis. 

Outros depoimentos e transcrições indicam que juízes e promotores praticavam agiotagem, utilizando intermediários para empréstimos a juros. 

RELATÓRIO FINAL 

O relatório conclusivo da CGJ destacou um “caos registral” nas serventias, com a comercialização de imóveis sem segurança jurídica. 

As ações do grupo aumentaram os riscos de aquisição imobiliária em Porto Seguro, dispersaram investidores e geraram insegurança para famílias com títulos de propriedade. 

A atuação ilegal promoveu ocupações de terras públicas e práticas delituosas em desacordo com a legislação vigente./Radar News

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Rua principal de Jucuruçu - Bahia, 3 de março de 2024.

Jucuruçu - Bahia. Pedaço bom do Brasil.