Fernando Collor de Mello foi o 32º presidente da República do Brasil, eleito em 1989, no
primeiro pleito direto após a redemocratização do país. Venceu Luiz Inácio Lula
da Silva no segundo turno. Assumiu a presidência em 1990 com um discurso de
combate à corrupção e modernização da economia, implantando o polêmico "Plano
Collor", que confiscou a poupança de milhões de brasileiros em uma
tentativa drástica de conter a inflação.
Porém, seu mandato
foi marcado por escândalos de corrupção. Em 1992, após denúncias de seu próprio
irmão, Pedro Collor, e o escândalo envolvendo o empresário Paulo César Farias,
foi alvo de uma CPI e acabou sofrendo um processo de impeachment. Collor renunciou
ao cargo momentos antes da votação do Senado, mas os senadores prosseguiram e
aprovaram sua cassação, tornando-o inelegível por 8 anos.
Mesmo após o escândalo, Collor voltou à política. Em 2006, foi eleito senador por Alagoas e permaneceu no cargo até 2023, período durante o qual voltou a ser investigado em diversos processos relacionados à Operação Lava Jato.
⚖️ Desdobramentos
jurídicos: a prisão em 2025
Em 2023, o Supremo
Tribunal Federal (STF) condenou Fernando Collor a 8 anos e 10 meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
A acusação apontava que Collor teria recebido vantagens indevidas superiores a R$ 20 milhões, principalmente em
contratos da BR Distribuidora,
durante os anos em que foi senador.
Após a condenação,
seus advogados recorreram, mas os recursos foram negados. Com o trânsito em julgado — quando não há mais
possibilidade de apelação —, o ministro Alexandre de Moraes determinou nesta
quinta-feira (25 de abril de 2025) o cumprimento da pena. A Polícia Federal
executou a ordem de prisão em sua casa, em Maceió (AL).
Collor agora deve ser transferido para um presídio federal, onde começará a cumprir a pena em regime inicialmente fechado.
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