Descaso da Coelba: Comunidade da Prata Fica Três Dias Sem Energia e Clientes Precisam Pagar do Próprio Bolso para Normalizar Situação

 

Na comunidade da Prata, próxima de sede do município de Jucuruçu, moradores vivem dias de revolta e indignação diante do descaso da Coelba. Diversas famílias ficaram mais de três dias sem energia elétrica, sendo obrigadas a arcar com os custos para resolver o
problema por conta própria. Um verdadeiro absurdo, principalmente considerando que todos são consumidores que pagam suas contas em dia e têm o direito de receber um serviço contínuo e de qualidade.

A falta de energia afetou rotinas, causou prejuízos materiais e emocionais, e revelou a negligência de uma empresa que deveria zelar por seus clientes. Alimentos estragaram, idosos ficaram sem ventilação ou equipamentos médicos básicos, estudantes perderam acesso à internet, e comerciantes amargaram prejuízos. E tudo isso sem qualquer apoio efetivo por parte da fornecedora.

De acordo com o art. 22 do Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078/1990), “os órgãos públicos, por si ou suas empresas, concessionárias, permissionárias ou sob qualquer outra forma de empreendimento, são obrigados a fornecer serviços adequados, eficientes, seguros e, quanto aos essenciais, contínuos”. Energia elétrica é um serviço essencial. A interrupção prolongada e sem solução imediata, como ocorreu na Prata, é violação direta à lei.

O mais revoltante é que, mesmo diante da omissão da Coelba, os próprios moradores tiveram que contratar eletricistas e comprar materiais para solucionar o problema. Isso representa uma inversão inadmissível de responsabilidades, um verdadeiro tapa na cara da dignidade dos consumidores.

A população cobra uma resposta urgente da Coelba e, mais do que isso, providências legais e administrativas por parte dos órgãos de defesa do consumidor e do Ministério Público. O silêncio e a inércia diante de tantas denúncias não podem mais ser tolerados.

A Coelba precisa ser responsabilizada. Não é justo que o consumidor, parte vulnerável na relação de consumo, continue sendo ignorado. A comunidade da Prata exige respeito, justiça e a garantia de um direito básico: o acesso contínuo à energia elétrica.

Da Redação Jucurunet