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quinta-feira, 19 de junho de 2025

Dia Nacional do Luto: o silêncio que pede escuta e acolhimento

  


Perder um ente querido não significa apenas enfrentar a ausência física, mas também lidar com uma nova realidade marcada por uma jornada emocional intensa — permeada por saudade, dor, memórias e a necessidade de ressignificar a vida. Por isso, o dia 19 de junho foi instituído como o Dia Nacional do Luto, uma data que propõe uma reflexão sobre essa experiência inevitável e, ao mesmo tempo, profundamente individual. 

{Perder alguém especial é uma experiência que transforma a vida de quem fica. O Dia Nacional do Luto, celebrado em 19 de junho, nos convida a refletir sobre esse momento tão delicado. Em Jucuruçu, muitas famílias convivem com a saudade e buscam formas de ressignificar a ausência dos seus}

Embora natural, o processo de luto ainda é pouco compreendido. Cada pessoa o vivencia de forma única. É comum reconhecer fases como negação, raiva, barganha, depressão e aceitação, mas essas etapas não seguem uma ordem fixa nem obedecem a prazos definidos. Familiares podem se sentir confusos, exaustos ou até culpados ao tentar seguir em frente. Reconhecer essas emoções, sem julgamentos, representa um passo importante no caminho da cura. 

“Viver o luto é adaptar-se ativamente à ausência. Não se trata de esquecer quem partiu, mas de aprender a continuar com a lembrança. Isso exige tempo, empatia e, muitas vezes, apoio psicológico especializado”, explica Lenilson Figueiredo, psicólogo parceiro do Grupo Memorial — instituição com mais de 40 anos de atuação no segmento funerário e cemiterial. 

Nessa fase delicada, o apoio da rede familiar e de amigos torna-se essencial. Um gesto simples, como ouvir com atenção e sem julgamento, costuma oferecer mais conforto do que conselhos. Para quem enfrenta um luto prolongado ou mais intenso, o acompanhamento psicológico pode ser decisivo. Além do acolhimento emocional, o papel das pessoas próximas é crucial para ajudar o enlutado a validar e compreender sua dor. 

Frequentemente, quem sofre uma perda tenta “ser forte”, evita demonstrar sofrimento ou sequer consegue nomear o que sente. Nesse contexto, o apoio externo funciona como espelho e amparo. Frases como “estou aqui para o que precisar”, “você não está sozinho” ou mesmo um silêncio respeitoso podem acolher mais do que qualquer tentativa de apressar a superação. 

“O luto não significa esquecer, mas transformar. Quando falamos, escrevemos ou lembramos com carinho de quem se foi, criamos novas formas de presença. A dor talvez não desapareça por completo, mas se torna mais leve quando é acolhida”, afirma o psicólogo. 

O Grupo Memorial mantém espaços de conexão como forma de cuidado, promovendo grupos de apoio a enlutados e eventos que celebram a memória dos entes queridos.

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