São Paulo, 19 de junho de 2025 – Morreu hoje, no
Hospital Albert Einstein, em São Paulo, o ator Francisco Cuoco, aos 91 anos.
Internado há cerca de 20 dias, Cuoco lutava contra complicações renais e
infecções diversas, falecendo pacificamente nesta quinta-feira, conforme
confirmado pelo hospital, notícia posteriormente confirmada pelo próprio perfil
do artista pt.wikipedia.org+15pt.wikipedia.org+15portalopiaui.com+15.
Vida pessoal
Nascido em 29 de novembro de 1933, no Brás (SP), filho
de Leopoldo Cuoco, um italiano feirante, Francisco cresceu ajudando o pai na
banca de biscoitos e estudando à noite na Escola de Arte Dramática de Alfredo
Mesquita, abrindo mão da carreira em Direito ao ser seduzido pelo teatro en.wikipedia.org+1www1.folha.uol.com.br+1.
Morou com sua irmã Gracia (hoje com 86 anos) na Zona
Sul de São Paulo. Nos últimos anos, enfrentou problemas de saúde: sobrepeso
(chegou a 130 kg), mobilidade praticamente inexistente sem ajuda, sonda nasal
por infecções renais e inchaço em membros inferiores – assuntos que Cuoco
abordou com serenidade em entrevistas recentes jornalpassaporte.com.br+4www1.folha.uol.com.br+4resilienciamag.com+4.
Uma carreira marcada por pioneirismo
Teatro e
formação
Graduado em artes dramáticas, Cuoco atuou intensamente
no Teatro Brasileiro de Comédia e Teatro dos Sete, dividindo palco com Fernanda
Montenegro, com quem estreou em 1958 na peça A Muito
Curiosa História da Virtuosa Matrona de Éfeso es.wikipedia.org+15www1.folha.uol.com.br+15en.wikipedia.org+15.
Fez
parte de Montagens importantes, consolidando-se como um ator versátil e de
forte presença.
Ascensão na TV
Infraestruturando a teledramaturgia brasileira,
iniciou em 1957 nos Grandes Teatros Tupi, passando por TV Tupi e Record, até se firmar na TV
Globo em 1970 diario.dopovo.com.br+6www1.folha.uol.com.br+6pt.wikipedia.org+6.
Protagonizou novelas memoráveis como:
·
Redenção (1966, TV Excelsior), por muito tempo a novela mais
longa da história www1.folha.uol.com.br+1pt.wikipedia.org+1.
·
Selva de Pedra (1972), como Cristiano Vilhena, ao lado de Regina
Duarte correiobraziliense.com.br+15www1.folha.uol.com.br+15pt.wikipedia.org+15.
·
Pecado Capital (1975), interpretando o marcante taxista Carlão,
criador de grande comoção ao falecer
pt.wikipedia.org+13revistanovaimagem.com.br+13extra.globo.com+13.
·
O Astro (1977), como o místico Herculano Quintanilha,
personagem que eternizou a parceria com Janete Clair natelinha.uol.com.br+12www1.folha.uol.com.br+12revistanovaimagem.com.br+12.
Atuou também em O Cafona (1971), O Outro (1987), além de participar de Segundo Sol (2018) e Salve‑se Quem Puder (2022) natelinha.uol.com.br+7revistanovaimagem.com.br+7es.wikipedia.org+7.
Na
série No Corre
(2023), fez sua última aparição natelinha.uol.com.br+4revistanovaimagem.com.br+4aloalobahia.com+4.
Reconhecimento e homenagens
Recebeu prêmios como APCA, Arte Qualidade Brasil e
quatro Troféus Imprensa pt.wikipedia.org.
Em 2025, com a saúde delicada, foi homenageado no
programa Tributo, da TV Globo. Gravação ocorreu em julho de 2024 em
sua casa, e a homenagem foi ao ar em junho it.wikipedia.org+9www1.folha.uol.com.br+9extra.globo.com+9.
Nesse
especial, ele refletiu sobre a arte: “O ator nunca está completo. Sempre falta
alguma coisa. Ser ator é viver em um estado de permanente desamparo, que só
cessa no encontro com o outro” aloalobahia.com+2revistanovaimagem.com.br+2jornalpassaporte.com.br+2.
Colegas e críticos elogiaram seu legado:
·
Fernanda Montenegro: “Ele é um ator absoluto. Um ser
humano amado e querido” natelinha.uol.com.brwww1.folha.uol.com.br.
·
Rodrigo Lombardi (remake de O Astro): “O elixir que goteja é Francisco Cuoco” diario.dopovo.com.br+15www1.folha.uol.com.br+15extra.globo.com+15.
·
Mauro Alencar (pesquisador): “Foi o líder da…
Hollywood brasileira” jornalpassaporte.com.br+3www1.folha.uol.com.br+3aloalobahia.com+3.
·
Elizabeth Savalla: “O ator certo para os personagens
que fez” pt.wikipedia.org+3revistanovaimagem.com.br+3aloalobahia.com+3.
Legado imortal
Francisco Cuoco foi um dos motores na construção da
dramaturgia nacional, mudando conceitos, estudantes, narrativas e emocionando
milhões por décadas. Foi protagonista em papéis que refletiam o Brasil real, um
galã com vigor e voz marcante, ao mesmo tempo humano e intenso .
Através do humor, drama e misticismo, personificou
heróis e anti-heróis, levando sempre autenticidade. Sua versatilidade abrangia
teatro, cinema (como em Gêmeas, Cafundó, Traição, Um Anjo Trapalhão), televisão e mais – uma carreira com mais de 100
produções pt.wikipedia.org+1diario.dopovo.com.br+1.
Últimos momentos
Nos últimos anos, Cuoco viveu com serenidade e
dignidade, apesar das limitações. Expressou gratidão pelos cuidadores e pela
irmã Gracia, convivendo com humor refinado e reflexões profundas resilienciamag.com.
Assistia
a outros gêneros na TV, evitando novelas longas .
Saudade coletiva
Com a partida
de Cuoco, perde-se não apenas um ator de talento singular; perde-se um tutor da
arte nacional, um exemplo de profissionalismo e carisma. Sua história se
entrelaça com a própria evolução da teledramaturgia brasileira. O público e
colegas se despedem com emoção, guardando a memória de personagens marcantes,
momentos de suspense, romance e fé.
Considerações finais
Francisco Cuoco
deixa um vácuo imenso na cultura brasileira. Sua dedicação, carisma e talento
fizeram dele um dos maiores nomes da televisão. A história de mais de seis
décadas de atuação é sua maior herança. Que sua trajetória continue a inspirar
atores, autores e espectadores – e que seu legado seja celebrado e relembrado
com carinho.
Francisco Cuoco (1933–2025): um galã, um mestre, um símbolo imortal da arte.
Acompanhe nas próximas edições os desdobramentos do legado e as homenagens póstumas a este grande artista.
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