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terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Assassina de comerciante em Jucuruçu é condenada a 12 anos no Tribunal do Júri




Assassina de comerciante em Jucuruçu é condenada a 12 anos no Tribunal do Júri. O juiz de direito Heitor Awi Machado de Atayde, titular da vara criminal da comarca de Itamaraju e Jucuruçu, promoveu o 1º julgamento popular deste ano, levando ao banco dos réus nesta segunda-feira (03/02) no Tribunal do Júri do Fórum de Itamaraju, a jovem Leandra dos Anjos Andrade, a “Bia”, 20 anos, que por volta da 01h40 da madrugada de domingo do dia 11 de novembro de 2012, matou com três golpes de faca, o seu ex-ficante Valdir Rodrigues Figueiredo, 57 anos, dono de um estabelecimento comercial na Praça Josino Eduardo Brito, no centro da cidade de Jucuruçu, denominado “Bar PopSom”.

No mês de junho (época de São João), anterior à data do crime, a vítima havia conhecido a autora e tido um caso com ela. No dia do fato, eles tinham se reencontrado no distrito de Coqueiro e marcado um novo encontro na cidade de Jucuruçu para mais uma noitada. Mas a moça teria sentido ciúmes porque ainda naquela tarde de sábado em Coqueiro, ela havia presenciado o comerciante tomando cerveja na companhia de duas moças. À noite em Jucuruçu, ambos se encontraram e no início da madrugada após passarem a noite juntos bebendo, a autora quebrou 18 garrafas de cerveja do bar da vítima. Após quebrar as garrafas vazias, ela teria começado apanhar as cheias no freezer e quebrar.

Mas quando ela partiu para quebrar o aparelho de DVD como forma de pressionar uma reação da vítima, ela foi finalmente contida pelo comerciante e ele, surpreendido com duas facadas no peito e uma nas costas.  Na época o comerciante ainda foi socorrido com vida até o Hospital Municipal Paulo Souto, em Jucuruçu e quando era transferido para Itamaraju, na altura do distrito de Coqueiro, ele não resistiu aos ferimentos e foi óbito. A jovem autora que só tinha 19 anos época do assassinato cometido, já registrava outras 4 passagens pela polícia, duas em Jucuruçu, uma em Itabela e outra em Prado, por também ter esfaqueado seus últimos três namorados e por ter agredido e quebrado o braço da sua própria mãe no balneário de Cumuruxatiba.

Por ocasião do crime e também em juízo, a autora confessou que foi armada prevendo uma reação da vítima, mas confessou que ele nunca havia lhe agredido e lhe desferiu os golpes apenas por ciúmes. A vítima, Valdir Rodrigues Figueiredo, 57 anos, era filho de uma das famílias mais tradicionais de Jucuruçu e nunca antes registrou qualquer fato que desabonasse a sua conduta. Ele também era o pai do modelo de reconhecimento internacional Franthesco Guarnieri Figueiredo, atualmente radicado na China. O júri começou às 09h e terminou às 20h com o veredicto final do juiz Heitor Awi Machado de Atayde.

Na acusação, representando a sociedade, atuou o promotor de justiça João Batista Madeiro Neto que defendeu a tese de homicídio com a qualificadora de prática criminosa traiçoeira e sem chance de defesa da vítima. Na defesa da ré, atuaram os advogados Jailson Siqueira e Wanderson da Rocha Leite, que defenderam a absolvição da acusada por legitima defesa por ter agido a injusta agressão.

O conselho de sentença representado por uma mulher e 6 homens da sociedade de Itamaraju, derrubou a qualificadora do Ministério Público e também derrubou a tese de absolvição da defesa, tendo votado pela acusação da ré ao reconhecer a prática de homicídio por ela perpetrado e defendida pelo MP.



Oportunidade que o juiz Heitor Machado dosou-lhe a pena de 12 anos de reclusão em regime inicialmente fechado a se cumprir no presídio do Conjunto Penal de Teixeira de Freitas, sendo que a autora estava presa desde à época do crime. A defesa recorreu da sentença. (Por Athylla Borborema)

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