Assassina
de comerciante em Jucuruçu é condenada a 12 anos no Tribunal do Júri. O juiz de
direito Heitor Awi Machado de Atayde, titular da vara criminal da comarca de
Itamaraju e Jucuruçu, promoveu o 1º julgamento popular deste ano, levando ao
banco dos réus nesta segunda-feira (03/02) no Tribunal do Júri do Fórum de
Itamaraju, a jovem Leandra dos Anjos Andrade, a “Bia”, 20 anos, que por volta
da 01h40 da madrugada de domingo do dia 11 de novembro de 2012, matou com três
golpes de faca, o seu ex-ficante Valdir Rodrigues Figueiredo, 57 anos, dono de
um estabelecimento comercial na Praça Josino Eduardo Brito, no centro da cidade
de Jucuruçu, denominado “Bar PopSom”.
No
mês de junho (época de São João), anterior à data do crime, a vítima havia
conhecido a autora e tido um caso com ela. No dia do fato, eles tinham se
reencontrado no distrito de Coqueiro e marcado um novo encontro na cidade de
Jucuruçu para mais uma noitada. Mas a moça teria sentido ciúmes porque ainda
naquela tarde de sábado em Coqueiro, ela havia presenciado o comerciante
tomando cerveja na companhia de duas moças. À noite em Jucuruçu, ambos se
encontraram e no início da madrugada após passarem a noite juntos bebendo, a
autora quebrou 18 garrafas de cerveja do bar da vítima. Após quebrar as
garrafas vazias, ela teria começado apanhar as cheias no freezer e quebrar.
Mas
quando ela partiu para quebrar o aparelho de DVD como forma de pressionar uma
reação da vítima, ela foi finalmente contida pelo comerciante e ele,
surpreendido com duas facadas no peito e uma nas costas. Na época o comerciante ainda foi socorrido
com vida até o Hospital Municipal Paulo Souto, em Jucuruçu e quando era
transferido para Itamaraju, na altura do distrito de Coqueiro, ele não resistiu
aos ferimentos e foi óbito. A jovem autora que só tinha 19 anos época do
assassinato cometido, já registrava outras 4 passagens pela polícia, duas em
Jucuruçu, uma em Itabela e outra em Prado, por também ter esfaqueado seus
últimos três namorados e por ter agredido e quebrado o braço da sua própria mãe
no balneário de Cumuruxatiba.
Por
ocasião do crime e também em juízo, a autora confessou que foi armada prevendo
uma reação da vítima, mas confessou que ele nunca havia lhe agredido e lhe
desferiu os golpes apenas por ciúmes. A vítima, Valdir Rodrigues Figueiredo, 57
anos, era filho de uma das famílias mais tradicionais de Jucuruçu e nunca antes
registrou qualquer fato que desabonasse a sua conduta. Ele também era o pai do
modelo de reconhecimento internacional Franthesco Guarnieri Figueiredo,
atualmente radicado na China. O júri começou às 09h e terminou às 20h com o veredicto
final do juiz Heitor Awi Machado de Atayde.
Na
acusação, representando a sociedade, atuou o promotor de justiça João Batista
Madeiro Neto que defendeu a tese de homicídio com a qualificadora de prática
criminosa traiçoeira e sem chance de defesa da vítima. Na defesa da ré, atuaram
os advogados Jailson Siqueira e Wanderson da Rocha Leite, que defenderam a
absolvição da acusada por legitima defesa por ter agido a injusta agressão.
O
conselho de sentença representado por uma mulher e 6 homens da sociedade de
Itamaraju, derrubou a qualificadora do Ministério Público e também derrubou a
tese de absolvição da defesa, tendo votado pela acusação da ré ao reconhecer a
prática de homicídio por ela perpetrado e defendida pelo MP.
Oportunidade
que o juiz Heitor Machado dosou-lhe a pena de 12 anos de reclusão em regime
inicialmente fechado a se cumprir no presídio do Conjunto Penal de Teixeira de
Freitas, sendo que a autora estava presa desde à época do crime. A defesa
recorreu da sentença. (Por Athylla Borborema)
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