De acordo com Amândio Soares, médico oncologista da Oncomed BH, apesar do aumento alartamente dos casos, o índice de cura também tem aumentado substancialmente.
— Há 50 anos, o índice de mortalidade era de 70%. Hoje, mais de 50% dos doentes conseguem se curar. E esse número poderia ser reduzido ainda mais se houvesse alterações em alguns hábitos de vida, como o fumo, sedentarismo e alimentação não saudável. Alimentação saudável e exercícios ajudam a prevenir o câncer.
Soares destaca a importância do diagnóstico precoce:
É mais do que necessário um diagnóstico ser feito cedo a fim de complementar os tratamentos melhorados e atender o alarmante aumento da carga do câncer em nível global. Também chamado de neoplasia maligna, o câncer é o nome de um grupo de mais de 100 diferentes doenças. São células anormais que se dividem e proliferam de maneira desorganizada e descontrolada, adquirindo a capacidade de invadir outras células, tecidos e órgãos.
No Brasil, o Inca (Instituto Nacional do Câncer) estima cerca de 580 mil casos novos da doença em 2014. Os tipos de câncer mais comuns serão: pele não melanoma (182 mil), próstata (69 mil); mama (57 mil); cólon e reto (33 mil), pulmão (27 mil) e estômago (20 mil).
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Câncer de mama
Em mulheres, o câncer de mama correspondendo a cerca 30% das ocorrências. Entre janeiro de 2011 e maio de 2013, foi o tipo da doença que gerou mais procura pelo tratamento na ala especializada em oncologia do Hospital Paulistano, em São Paulo.
Levantamento da instituição aponta que 16,8% dos pacientes atendidos neste período foram mulheres com neoplasia mamária e quase 1/4 delas já apresentavam metástase, ou seja, doença em outros órgãos. De acordo com a oncologista do Hospital Paulistano, Mariana Laloni, a mamografia é um exame de rastreamento que detecta lesões e deve fazer parte da rotina feminina.
Quanto antes a lesão for encontrada, maior a chance de sucesso no tratamento para recuperação. As pacientes de alto risco, que possuem histórico familiar, devem começar a fazer a mamografia entre 30 e 35 anos, as demais podem começar a monitorar a partir dos 40. Em ambas as situações o exame deve ser realizado anualmente.
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