Por meio de nota a secretaria informou que no dia da paralisação as escolas funcionaram normalmente nos três turnos e que a atual administração “concedeu aos professores, no mês de fevereiro de 2014, um reajuste de 7,5% que, somados aos 7% de reajuste, em 2013, totaliza 14,5% de reajuste em menos de dois anos da administração, além de todos os demais direitos que preconiza o Plano de Cargos e Salário do Magistério, como 10% de gratificação de Atividade Complementar, 5% de gratificação de Estímulo ao Aperfeiçoamento Profissional, 2% Progressão Horizontal e 10% por Mudança de Nível”.
A representante dos professores, Eliene Miranda, contestou, dizendo que “as escolas funcionaram com mais de 90% de contratados e com pouquíssimos alunos nas salas de aula, onde foi observado pessoas leigas ministrando aulas, como foi o caso de uma servidora da área de serviços gerais e até mãe de aluno, que no dia da paralisação fizeram a função de educador”.
No dia anterior à paralisação, duas mensagens foram passadas à população através de carros de som e por meio da imprensa. Na primeira, de autoria da delegacia da APLB, não haveria aula em nenhuma escola da rede pública naquele dia. Na segunda mensagem, veiculada pela secretaria, informava aos pais que poderiam mandar os filhos à escola, pois haveria aula normalmente.
De fato uma caminhada saiu por volta das 8h30 da praça Nossa Senhora Aparecida, no bairro de mesmo nome, até a sede da prefeitura, no centro da cidade, e as salas de aula se mantiveram abertas. Parte dos alunos que estiveram presentes na sala de aula no dia em que houve a caminhada dos professores diz ter assistido a filmes ou participado de atividades recreativas que, a depender do contexto, é uma atividade que pode fazer parte de qualquer disciplina.
As duas mensagens, tão distintas entre si, deixaram confusos os pais e alunos que se viram desrespeitados pela contrainformação por parte de professores e da secretaria da Educação. As informações desencontradas só conseguiram mesmo desinformar e plantar a dúvida na sociedade que até hoje não sabe ao certo se o que aconteceu foram aulas ou paralisação. Os dois grupos da disputa em questão deveriam fazer uso do bom senso e, em uma mesa redonda, informar à população o que de fato aconteceu no dia 24 de abril, dia em que quem perdeu, frente a tanto blábláblá foram os alunos.
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