Pelo menos 31 pessoas foram
mortas em Belém nas últimas 24 horas. Nesta terça-feira (10), ao menos 21
pessoas morreram e outras cinco ficaram feridas após uma tentativa de fuga em
massa de presos do CRP III (Centro de Recuperação Penitenciário do Pará III),
no Complexo Prisional de Santa Izabel, localizado na região metropolitana da
capital paraense.
Horas antes, na tarde de
segunda (9), 11 pessoas foram assassinadas na região metropolitana de Belém,
segundo a nota divulgada pela Segup (Secretaria de Estado de Segurança Pública
e Defesa Social). Os assassinatos de ontem foram registrados após a morte de
dois policiais militares --um na noite de domingo (8) e outro na manhã de
segunda.
A Segup, no entanto, não
confirma nenhuma relação entre os eventos. No centro penitenciário, segundo a
Secretaria, houve uma tentativa de resgate de detentos por um grupo externo
"fortemente armado", que utilizou explosivos contra um dos muros da
penitenciária.
A ação ocorreu por volta das
13h. Houve troca de tiros entre o grupo que efetuava a tentativa de resgate,
parte dos detentos e a equipe do batalhão penitenciário. Ainda de acordo com a
Secretaria, um dos mortos é agente penitenciário. Ele foi identificado como
Guardiano Santana, de 57 anos.
São também agentes os cinco
feridos --um deles está em estado grave e deve ser submetido a cirurgia no
Hospital Metropolitano, em Ananindeua, região metropolitana de Belém. Outros
dois feridos estão no mesmo hospital e um outro agente está em um hospital
particular. O estado de saúde deles é considerado estável.
O último agente foi atendido
na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de Castanhal e já foi liberado. Os
outros 20 são presos e integrantes do grupo de resgate. A identificação e
contagem --que está sendo realizada neste momento, por volta das 21h-- poderá
identificar quantos eram custodiados do sistema penal e quantos pertenciam ao
grupo criminoso que tentou realizar o resgate.
"Se a guarda externa não
estivesse muito atenta, nós poderíamos ter tido uma fuga em massa de presos,
não fosse a resposta da Polícia Militar", afirmou o secretário adjunto de
gestão operacional, coronel André Cunha./UOL
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