No fim da noite do último dia
27 de março, por volta das 23h, de plantão na Delegacia Territorial de Teixeira
de Freitas (DT), tomou conhecimento de uma tentativa de homicídio contra um
homem de prenome Pedro, quando a vítima estava na entrada de sua residência,
situada na Projetada, nº 49, no Bairro Redenção, figurando como autor um
adolescente de 17 anos, o qual, após sair de um beco situado ao lado do imóvel,
local onde estava escondido.
As investigações apontaram
que o infrator aproximou-se da vítima, sacou uma arma de fogo e efetuou seis
disparos à queima roupa no morador, que saiu correndo durante o ataque,
trancando-se no interior de sua casa, escapando da morte por circunstâncias alheias
à vontade do autor. “Trata-se do caso clássico em nossa Doutrina Criminal, a
chamada “tentativa branca”, quando a ação criminosa, muito embora exaurida pelo
autor, não causa lesões corporais na vítima. Contudo, as marcas dos disparos
que atingiram a porta de madeira da residência da casa não deixam dúvidas a
respeito da intenção de matar do autor”, diz o delegado Manoel Andreeta, um dos
coordenadores da investigação.
O caso foi encaminhado a
Andreeta, no Núcleo de Homicídio e Tráfico (NHT), quando através de
investigações, passou-se a saber que a vítima PEDRO havia conhecido uma garota
em um espaço de festas denominado Clube do Forró, fato ocorrido no dia
24/03/2018, iniciando um relacionamento amoroso com a mesma. No dia do crime,
dia 27/03/2018, por volta das 16h40, a vítima foi na casa da jovem com quem
acabara de iniciar o namoro, oportunidade em que a mesma lhe contou que havia
mantido um relacionamento amoroso de longa data, com o presidiário do CPTF
conhecido por Lázaro Mares Figueiredo, o “Lazinho”, o qual não estava aceitando
a separação recente do casal e vinha lhe fazendo ameaças de morte.
A jovem, segundo as
investigações, pediu para que Pedro tomasse cuidado e ficasse “esperto” com
“lazinho” e seus comparsas, posto ser uma pessoa muito perigosa. “Com efeito, o
presidiário Lázaro, pertence a um grupo de traficantes atuantes nos bairros
Redenção, Nova Teixeira, Vila Vargas, parte do Luiz Eduardo e Liberdade I e II,
denominado “GRUPO DO FLAVÃO”, e os seus integrantes estão envolvidos na prática
de vários homicídios, tentados e consumados. O grupo criminoso dispõe de farto
armamento e de grande número de integrantes, entre eles o presidiário Lázaro e
seu sobrinho adolescente, considerado um dos executores do grupo no Bairro
Redenção”, informa Andreeta.
Ainda segundo o delegado
Manoel Andreeta, no dia do crime, o adolescente procurou por Pedro em sua
residência, sem qualquer motivo aparente que justificasse a ação, já que a
vítima não tinha qualquer tipo de intimidade ou amizade com o infrator. De acordo
com as investigações o menor continuou procurando por Pedro, fazendo ligações
telefônicas para o mesmo, dizendo que queria falar com a vítima urgente, pois
precisava dos seus serviços profissionais de pedreiro. “Com a negativa da
vítima em falar com o adolescente ou mesmo de aparecer na porta de sua casa, o
executor permaneceu escondido do lado de fora da residência da vítima, em um
beco próximo, fato que não passou despercebido por Pedro, que notou a presença
suspeita do infrartor por várias vezes, quando o mesmo passava pela rua, sendo
notada também a presença de outro integrante do grupo criminoso, a pessoa
identificada por Tiago Carlos De Jesus, o “Madruga”, quando então a vítima
percebeu que estava sendo vigiada pelo executor”, reitera o delegado Manoel
Andreeta.
“Já por volta das 18h, quando
Pedro saiu de sua casa, a mesmo topou com o adolescente infrator que estava
escondido no beco ao lado, momento em que este saiu correndo atrás da vítima e
descarregou sua arma de fogo contra a mesma, não alcançando seu intento”,
completa.
Após ser localizado pelo NHT,
o adolescente infrator confessou a prática do crime, na presença do delegado
Manoel Andreeta e de sua genitora, contando detalhes da ação criminosa,
afirmando que tentou matar a vítima por ordem do seu tio Lázaro, partindo a
determinação de dentro Conjunto Penal de Teixeira de Freitas (CPTF), tendo como
motivação o fato de Pedro estar mantendo um relacionamento amoroso com a
ex-companheira do detento. “Consta que várias testemunhas do crime estão sendo
ameaçadas de morte por Lázaro, o que levou a ser representado pela prisão
preventiva do mesmo, assim como pela internação provisória do adolescente
infrator”, finaliza Andreeta./TN
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