Em Salvador, um dos alvos
logo atingidos pela paralisação dos caminhoneiros foi o estoque de gás de
cozinha. Desde o fim da semana passada, achar um botijão ficou bem difícil — na
verdade, uma missão quase impossível em vários bairros.
Quando ainda é encontrado, os
preços podem estar lá no alto. Nesta segunda-feira (28), a Secretaria Municipal
de Ordem Pública (Semop), por meio de sua Diretoria de Ações de Proteção e
Defesa do Consumidor (Codecon), autuou três revendas por aumento abusivo de
preço após receber denúncias.
Em épocas de normalidade, o
botijão de 13 kg custa na cidade de 50 a 63 reais, em média, segundo constatou
a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), na
pesquisa realizada no período de 20 a 26 de maio. Um dos estabelecimentos
autuados pedia 120 reais por unidade, se o pagamento fosse com cartão.
Técnicos da Codecon, que já
estavam monitorando os preços de combustíveis praticados por postos diante do
desabastecimento, agora dirigiram o foco também para o gás de cozinha. Neste
primeiro dia, foram visitados cinco pontos de venda em bairros da região da
Cidade Baixa. A proposta é, nesta terça-feira (29), prosseguir com a operação,
já que mais denúncias estão chegando: uma delas, recebida hoje por rede social,
já dava conta de cobrança de 130 reais por um botijão.
As empresas autuadas têm
prazo de dez dias para apresentar justificativa para a prática de preço
abusivo. Caso não convençam, podem ter de pagar multa de 600 reais até 6
milhões de reais.
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