Pedro Parente pediu demissão
da presidência da Petrobras nesta sexta-feira. O pedido foi formalizado hoje,
de acordo com a empresa. Ao longo do dia, o conselho de administração da
petrolífera controlada pelo governo brasileiro vai analisar a possibilidade de
nomear um presidente interino. Parente tinha contrato com a Petrobras até março
de 2019.
Em dois anos à frente da
Petrobras, Parente liderou uma reestruturação da companhia que incluiu a
renegociação da sua dívida e uma nova política de preços, com ajustes até
diários da gasolina e do diesel, acompanhando a flutuação do petróleo no
mercado exterior. Essa estratégia foi bastante criticada durante a greve dos
caminhoneiros na semana passada, que levou o governo Michel Temer (PMDB) a
suspender os reajustes do diesel por 60 dias, com compensação para a
petroleira.
Após o anúncio da saída de
Parente, a B3 suspendeu as negociações com as ações da Petrobras. As ADRs da
companhia na bolsa de Nova York estão em queda de 8,6% às 11h45.
As ações da BRF, por sua vez,
também entraram em leilão após grande aumento no volume de negociações por
consequência da notícia. Parente é presidente do conselho de administração da
fabricante de alimentos e cotado como possível novo presidente executivo da
empresa.
O fato relevante da Petrobras
divulgado nesta sexta-feira diz o seguinte:
“A Petrobras informa que o senhor
Pedro Parente pediu demissão do cargo de presidente da empresa na manhã de
hoje. A nomeação de um CEO interino será examinada pelo Conselho de
Administração da Petrobras ao longo do dia de hoje. A composição dos demais
membros da diretoria executiva da companhia não sofrerá qualquer alteração.
Fatos considerados relevantes serão prontamente comunicados ao mercado”./exame
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