A próxima semana é a última
oportunidade dos pais e responsáveis levarem as crianças de um ano a menores de
cinco para se vacinarem contra a pólio e sarampo. A Campanha Nacional de
Vacinação contra as duas doenças termina dia 31 de agosto. Até o momento, 4,1
milhões de crianças em todo país ainda não receberam a vacina. A última
atualização enviada pelos estados mostra que, até esta sexta-feira (24), 62%
das crianças brasileiras se vacinaram. Em todo o país, foram aplicadas mais de
14 milhões de doses das vacinas (cerca de 7 milhões de cada).
A meta do Ministério da Saúde
é vacinar pelo menos 95% das 11,2 milhões de crianças independente da situação
vacinal delas e criar uma barreira sanitária de proteção da população
brasileira. "Estamos entrando na última semana de vacinação da campanha,
que encerra no dia 31 de agosto. O esforço para impedir que doenças já
eliminadas não retornem ao Brasil é um trabalho de toda a sociedade.
Por isso, convocamos pais e
responsáveis a levarem as crianças que ainda não foram vacinadas aos postos de
saúde, independente da situação vacinal anterior, já que, neste ano, a campanha
é indiscriminada", ressalta o ministro da Saúde, Gilberto Occhi.
Para a poliomielite, as
crianças que ainda não tomaram nenhuma dose da vacina na vida serão vacinadas
com a Vacina Inativada Poliomielite (VIP). As crianças que já tiverem tomado
uma ou mais doses receberão a gotinha (Vacina Oral Poliomielite - VOP). Em
relação ao sarampo, todas as crianças devem receber uma dose da vacina tríplice
viral, independente da situação vacinal. A exceção é para as que tenham sido
vacinadas nos últimos trinta dias, que não necessitam de uma nova dose.
Entre os estados com menor
cobertura, estão o Rio de Janeiro, com 40,15% do público-alvo vacinado para
pólio e 41,45% para sarampo, e Roraima, que tem 44,61% pólio e 41,09% sarampo.
Os estados que estão com as melhores coberturas vacinais são: Amapá, com 90,33%
para a pólio e 90,14% para o sarampo, seguido por Rondônia com 89,86% pólio e
88,44% sarampo. O Ministério da Saúde oferta todas as vacinas recomendadas pela
Organização Mundial da Saúde (OMS). Ao todo, são 19 para combater mais de 20
doenças, em todas as faixas etárias. Por ano, são cerca de 300 milhões de doses
de imunobiológicos distribuídos em todo o país.
CASOS DE SARAMPO
Atualmente, o país enfrenta
dois surtos de sarampo, em Roraima e Amazonas. Até o dia 21 de agosto, foram
confirmados 1.087 casos de sarampo no Amazonas, e 6.693 permanecem em
investigação. Já o estado de Roraima confirmou 300 casos da doença e 67
continuam em investigação. Entre os confirmados, 9 casos foram atendidos no
Brasil e estão recebendo tratamento, mas residem na Venezuela.
Os surtos estão relacionados
à importação, já que o genótipo do vírus (D8) que está circulando no país é o
mesmo que circula na Venezuela, país que enfrenta um surto da doença desde
2017. Alguns casos isolados e
relacionados à importação foram identificados nos estados de São Paulo (2), Rio
de Janeiro (18); Rio Grande do Sul (16); Rondônia (1), Pernambuco (2) e Pará
(2). O Ministério da Saúde permanece acompanhando a situação e prestando o apoio
necessário aos Estados. Cabe esclarecer que as medidas de bloqueio de
vacinação, mesmo em casos suspeitos, estão sendo realizadas em todos os
estados.
SARAMPO NO MUNDO
Segundo a Organização Mundial
da Saúde (OMS), os casos de sarampo chegaram a um número recorde na Europa. Os
dados, divulgados pela organização nesta segunda-feira (20/08), apontam que
mais de 41 mil crianças e adultos na Região Europeia foram infectados com
sarampo nos primeiros seis meses de 2018. O número total de casos para esse período
excede os 12 meses reportados em todos os outros anos desta década.
Desde 2010, o ano de 2017 foi
o que teve o maior número de casos: 23.927. Em 2016, registrou-se a menor
quantidade: 5.273. Além disso, pelo menos 37 pessoas morreram devido à doença
neste ano. Sete países da região tiveram mais de uns mil casos neste ano (França,
Geórgia, Grécia, Itália, Rússia, Sérvia e Ucrânia). A Ucrânia foi a mais
atingida com mais de 23 mil pessoas afetas, o que representa mais da metade da
população do país.
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