O Cruzeiro é agora o maior
campeão do país da Copa do Brasil. Na noite desta quarta-feira, na Arena
Corinthians, a Raposa venceu o Corinthians por 2 a 1, ampliando o 1 a 0 da ida,
e conquistou o hexacampeonato do torneio mata-mata, com direito a golaço do uruguaio
De Arrascaeta.
É o bicampeonato da equipe
celeste, que ano passado já havia batido o Flamengo na decisão. Ninguém tem
mais títulos de Copa do Brasil. O Timão, por sua vez, apoiado por mais de 45
mil corintianos, chegou a empatar com Jadson, de pênalti, depois de gol de
Robinho, mas viu uma pintura de Pedrinho ser anulada pelo árbitro de vídeo e
amargou o vice-campeonato.
Sangue no olho
O técnico Jair Ventura
surpreendeu na escalação do Corinthians: Sheik e Jonathas entre os titulares,
aposta em uma equipe mais ofensiva para fazer jus à festa da Fiel nos arredores
da Arena antes da bola rolar. Não deu certo.
Ao menos no que diz respeito ao
centroavante, que, isolado no ataque, pouco tocou na bola. Aos 40 anos, o
veterano foi o melhor do Timão nos primeiros 45 minutos. Entrega, raça e
aplicação tática para tentar arrastar o time para frente pela ala direita.
Apertando o Cruzeiro desde o
começo da partida, o Alvinegro sofreu com os próprios erros e viu Ralf e
Gabriel serem amarelados ainda nos primeiros minutos. Afobação de quem
precisava correr atrás do resultado, mas acabou o primeiro tempo sem ter
acertado o gol. Melhor para a Raposa...
Maior 'de' Copas
Oportunista, o Cruzeiro de
Mano Menezes jogou com inteligência, no erro do Corinthians. Foi assim que viu
Barcos e Thiago Neves, os dois mais avançados, confundirem a defesa corintiana
em contra-ataques rápidos. Neves, de primeira, chutou levando perigo ao gol de
Cássio.
Atrás, a Raposa contou com a ótima atuação de Dedé, mais uma vez
preciso nos desames. O prêmio pela paciência celeste veio aos 27 minutos, após
erro de Léo Santos na lateral. Rafinha roubou a bola, tocou para Barcos, que
passou pela defesa e chutou na trave de Cássio. No rebote, Robinho bateu de
fora da área e abriu o placar em Itaquera.
Em Itaquera, o VAR decide
O empate do Corinthians saiu
logo no começo da etapa final, com o auxílio do árbitro de vídeo. Thiago Neves
dividiu com Ralf na grande área e ao tentar recolher a perna tocou no volante
do Alvinegro. O árbitro Wagner do Nascimento Magalhães contou com a ajuda do
VAR para assinalar o pênalti minutos mais tarde, após rever o lance. Na
cobrança, Jadson fez, encerrando um jejum de 434 minutos sem gol do
Corinthians.
O clima em Itaquera mudou a
favor do Timão. Com a torcida inflamada, a entrada de Pedrinho culminou com o
gol da virada. O xodó da Fiel deu bom corte e chutou no canto esquerdo de
Fábio, fazendo um golaço em Itaquera. Eis que o VAR novamente entrou em ação,
ajudando o árbitro a invalidar o tento. Uma mão de Jadson no peito de Dedé foi
interpretada como falta, impedindo a vitória alvinegra.
Do Japão, o último ato
Ainda com a Arena jogando a
favor, Jair Ventura colocou o time para frente, com as entradas de Clayson e
Mateus Vital. Exposto, o Corinthians sofreu o gol da derrota em um
contra-ataque muito bem orquestrado pelo Cruzeiro. Raniel puxou a bola em
velocidade e tocou para o uruguaio De Arrascaeta sair livre, cara a cara com
Cássio.
Um toque por cima do camisa 1 decretou a vitória por 2 a 1. O meia
havia passado as últimas horas no avião: jogou com sua seleção no Japão e fez
escala em Dubai antes de voltar ao Brasil para decretar o hexacampeonato
cruzeirense.
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