Em documento enviado ao
Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o juiz Sérgio Moro assegurou que não quis
influenciar as eleições deste ano ao divulgar trechos da delação premiada do
ex-ministro Antonio Palocci dias antes do primeiro turno.
O corregedor do CNJ, ministro
Humberto Martins determinou que Moro apresentasse informações sobre o caso,
após a ação apresentada pelos deputados federais do PT Paulo Pimenta (RS),
Wadih Damous (RJ) e Paulo Teixeira (SP). Para os parlamentares, a decisão que
autorizou a divulgação da delação, é política e tem o objetivo de prejudicar
campanhas do PT.
Moro, responsável pela
Operação Lava Jato no Paraná, escreveu que, de sua parte, não houve qualquer
intenção de influenciar as eleições gerais de 2018.
O magistrado garantiu que,
"caso fosse intenção deste Juízo influenciar nas eleições, teria divulgado
a gravação em vídeo do depoimento, muito mais contundente do que as declarações
escritas e que seria muito mais amplamente aproveitada para divulgação na
imprensa televisiva ou na rede mundial de computadores" e que "o
Juízo não pode interromper os seus trabalhos apenas porque há uma eleição em
curso”.
O ofício foi protocolado na
quarta-feira (17). Agora, o ministro Humberto Martins irá decidir sobre o
pedido de liminar de afastamento do magistrado./bocaonews
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