Um homem de 59 anos morreu na
noite desta terça-feira (4), em Itanhém, após ficar por cerca de uma hora em
uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) porque o
Hospital Maria Moreira Lisboa está fechado há mais de uma semana.
O site itanheense Água Preta
News buscou informações com Jorlândio Pereira, o músico "JP Show",
que é conhecido na cidade como filho de Jeremias Rodrigues dos Santos, o homem
que veio a óbito no Samu.
De acordo com Jorlândio,
Jeremias caiu na Rua Nova Olinda, no bairro Monte Santo, onde há uma ladeira e
teve um corte na cabeça.
“Não foi parada cardíaca [que
ele morreu]”, garantiu Jorlândio, contrariando as informações que circularam
nas redes sociais na manhã desta quarta-feira. “Eles [os atendentes] ficaram
com ele dentro da Samu das 22h30 até às 23h30 e mim procuraram em meu trabalho,
alegando que ele teria sido medicado e que já estava bem e não teria como
chegar ao hospital de Itanhém, pois não havia atendimento”, explicou.
Ainda de acordo com
Jorlândio, Jeremias ficou sozinho deitado na maca dentro da ambulância por
muito tempo.
“Nesse momento ele estava
consciente, conversando e os dois enfermeiros, o motorista e o atendente saíram
e deixou ele sozinho dentro [da ambulância].
O atendente ficou com o telefone numa faixa de 10 metros de distância e ele [Jeremias] ficou lá dentro do Samu e eu sem saber o que fazer, querendo saber se eles iam encaminhar ele pra o Hospital de Medeiros Neto.
Eles estavam falando que o paciente estava bem, que medicou, que a pressão estava boa, que a glicose dele estava normal, que estava 109, ele não era diabético.
Aí falei que ele levou um bate na cabeça e ele havia falado que estava sentindo dores na parte da cabeça, mas o atendente do Samu ficou quase uns 35 minutos na calçada conversando com alguém no telefone; ligava pra um ligava pra outro.
O atendente ficou com o telefone numa faixa de 10 metros de distância e ele [Jeremias] ficou lá dentro do Samu e eu sem saber o que fazer, querendo saber se eles iam encaminhar ele pra o Hospital de Medeiros Neto.
Eles estavam falando que o paciente estava bem, que medicou, que a pressão estava boa, que a glicose dele estava normal, que estava 109, ele não era diabético.
Aí falei que ele levou um bate na cabeça e ele havia falado que estava sentindo dores na parte da cabeça, mas o atendente do Samu ficou quase uns 35 minutos na calçada conversando com alguém no telefone; ligava pra um ligava pra outro.
Aí o motorista chamou ele
rapidamente porque o paciente estava em convulsão, só que quando chegou ele já
não estava dando mais sinais de vida, eu vi na hora que eles tentaram reanimar
ele, tentaram voltar, mas ele já estava sem vida, não tinha como fazer mais
nada não, porque eu vi na hora que eles pegaram na boca dele, no olho,
balançaram ele e ele não respondia.
O que não entendo é porque
[antes] eu questionei várias vezes como iria ficar, que teriam que encaminhar
para o hospital de Medeiros Neto e disseram que não, que o paciente já poderia
ficar em casa, que já havia passado injeção e que estava normal, mas não foi
infarto, [a morte] foi devido à queda”, detalhou Jorlândio.
O Água Preta News, através da
equipe do portal de notícia Medeiros Dia Dia fez contato com a diretora do
Hospital Municipal de Medeiros Neto.
Andreia Botelho Ferretti informou que Jeremias já chegou morto àquela unidade de saúde e que os profissionais do Samu de Itanhém disseram que o óbito ocorreu durante a viagem, nas proximidades do lugarejo de Santa Luzia do Norte, mais conhecida como Patioba.
Andreia Botelho Ferretti informou que Jeremias já chegou morto àquela unidade de saúde e que os profissionais do Samu de Itanhém disseram que o óbito ocorreu durante a viagem, nas proximidades do lugarejo de Santa Luzia do Norte, mais conhecida como Patioba.
A reportagem, na manhã desta
quarta-feira fez contato com o coordenador do Samu em Itanhém, o enfermeiro
Tiago Gomes Rocha, que confirmou que o Samu prestou atendimento ao paciente,
mas quando questionado onde se deu o óbito, disse que responderia
posteriormente em razão de estar trabalhando naquele momento.
Um filho legítimo de
Jeremias, que de acordo com Jorlândio estava a caminho de Medeiros Neto para
liberar o corpo no Hospital Municipal, é policial militar na cidade de
Nanuque-MG./Água Preta News
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