A procuradora-geral da
República, Raquel Dodge, pediu nesta quarta-feira (9) ao Supremo Tribunal
Federal (STF) que o ex-ministro Geddel Vieira Lima seja condenado a 80 anos de
prisão e o deputado federal Lúcio Vieira a 48 anos e meio. Os irmãos são
acusados pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa.
Dodge reforçou que existem
provas de práticas criminosas cometidas pelos acusados entre 2010 e 2017,
quando foram apreendidos R$ 51 milhões em um apartamento de Salvador atribuído
aos irmãos. A Geddel foram atribuídos oito crimes de lavagem de dinheiro.
Segundo a Procuradoria-Geral
da República (PGR), a família repassou R$ 12,7 milhões à Cosbat, uma
incorporadora imobiliária criada no modelo de sociedade em cota de participação
e gerenciada por Luiz Fernando da Costa. Para viabilizar o aporte financeiro,
foram usadas as empresas GVL, M&M e Vespasiano, ligadas a Geddel, Lúcio e
Marluce Vieira Lima, mãe dos políticos. As investigações revelaram que os
negócios imobiliários tinham como objetivo dissimular a origem dos recursos. A
PGR pediu 26 anos de prisão para Luiz Fernando.
Nas alegações finais, Dodge
destacou também que houve sucessivas tentativas de adiar a conclusão do caso.
"Cada regular ato processual do relator passou a ser questionado com
longas petições", apontou a procuradora.
Lúcio, Geddel, Marluce, Luiz
Fernando e o ex-secretário parlamentar, Job Ribeiro Brandão foram denunciados
em dezembro de 2017, três meses depois da descoberta do dinheiro. Dodge
argumentou que parte do montante é resultado de atos de corrupção identificados
e investigados em outras frentes como as operações Lava Jato e Cui Bono. Outra parcela tem como origem o crime de
peculato, também já denunciado pela PGR./Bahianoticias
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