Em meio à pandemia do novo
coronavírus, os profissionais da área da saúde descrevem que têm vivido uma
outra batalha, além de enfrentar o novo vírus em Teixeira de Freitas extremo
sul baiano, enfermeiros, técnicos, médicos e até equipes de limpeza relatam que
sofrem com a falta de equipamentos de proteção individual (EPIs). Entre os
materiais em falta, eles citam luvas descartáveis, máscaras cirúrgicas, álcool
em gel, óculos de proteção e toucas descartáveis. A maior reclamação é a falta
de máscaras N95 (azuis, de maior proteção).
Reutilizar ou trabalhar sem
máscara, não ter álcool gel à disposição e fazer rodízio de uso de avental é a
atual realidade para os profissionais da saúde teixeirense que estão na linha
de frente do combate ao coronavírus.
O cenário preocupa pelo alto
risco de infecção dos trabalhadores e pelo receio em perder mão de obra no
combate à epidemia. Também os pacientes ficam expostos pela falta de
equipamentos de proteção para os profissionais. Conforme recente pesquisa
enquanto na comunidade em geral, um portador do vírus, pode infectar de 2 a 3
pessoas, no âmbito dos serviços de saúde um profissional de saúde que esteja
contaminado pode infectar até 9 pessoas.
Muitos profissionais estão se
virando com meios próprios para adquirir equipamentos de proteção.
No último dia 20 de março, o
Sindicato dos Trabalhadores em Serviços Públicos Municipais do Extremo Sul da
Bahia – SINTRASPESB, encaminhou ofício relatando o sério problema e cobrando
uma atitude urgente do Prefeito Temóteo Brito (PP), atitude essa que até o
momento não obteve nenhuma resposta. “A palavra é descaso” relata um médico que
pediu anonimato.
Para o Sindicato, “os
profissionais estão na linha de frente para cuidar das pessoas, mas, a
prefeitura não está cuidando deles”.
A desfaçatez é tamanha, que a
página oficial da Prefeitura de Teixeira de Freitas, reproduziu uma matéria que
foi compartilhada na maior parte da mídia chapa branca do município relatando
sobre uma suposta limpeza de espaços públicos em prevenção ao novo coronavírus,
ocorre que nas imagens é nítido que os funcionários, naquela ocasião da limpeza
pública, estão trabalhando sem nenhum equipamento de proteção, expostos a
doença./zerohoranews
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