Em entrevista exclusiva ao
programa Os Pingos nos Is, o presidente Jair Bolsonaro confirmou nesta
quinta-feira (2) que a relação com o ministro da saúde, Luiz Henrique Mandetta,
não é das melhores. Nas últimas semanas, eles vêm discordando em algumas medidas
para conter a pandemia de coronavírus, como o isolamento social.
“Já sabe que a gente tá se
bicando há algum tempo”, respondeu Bolsonaro ao ser questionado sobre o
relacionamento com o ministro. “O Mandetta quer valer muito a verdade dele,
está faltando humildade para conduzir o Brasil nesse momento delicado”, continuou.
Bolsonaro ressaltou que “não
pretende demiti-lo no meio da guerra”, mas admitiu que Mandetta “extrapolou”.
“Sempre respeitei todos os
ministros, inclusive o Mandetta. Espero que ele dê conta do recado. Tenho
falado com ele, não tem nenhuma ameaça, se ele sair bem, não tem problema”,
disse. “Mas nenhum ministro meu é indemissível”, completou.
Para Bolsonaro, o ministro
deveria “ouvir mais o presidente da República em alguns momento”. Ele afirmou,
ainda, que “Mandetta cuida da Saúde, Guedes da economia” e que ele [Bolsonaro]
“cuida para não ter atrito entre as duas áreas”.
Bolsonaro defendeu reabertura
gradual do comércio
Durante a entrevista,
Bolsonaro voltou a criticar a quarentena e alguns governadores que, segundo
ele, “exageraram”, como o de São Paulo, João Doria, e o do Rio de Janeiro,
Wilson Witzel. “Vi o governador do Rio na TV falando ‘fiquem em casa, é uma
ordem’. Tá pensando o que? Que é ditadura isso aqui? Não é assim que devemos
tratar a população, mas com respeito. Proibir de ir à praia? Na praia está ao
ar livre, muito melhor que ficar oito ‘caras’ presos num quartinho”,
argumentou.
Para Mourão, presidente pode
trocar vice para obter êxito em reeleição 'Merecia um cargo de ministro, ele me
colocou aqui', diz presidente sobre Carlos Bolsonaro Pela Web.
Veja o que os aparelhos
auditivos devem custar em Brasil (Aparelho Auditivo | Links de pesquisa)
Brasileiros Não Pagam Mais TV
a Cabo Graças a Esta Antena! (MaxTV com 50% de desconto!)
De acordo com o presidente,
os estados e municípios “perderam muita arrecadação” com o fechamento do
comércio e “estão pagando um preço altíssimo”. “O governo não tem como bancar
isso por muito tempo. Nossa despesa total já está na casa dos 600 bilhões, uma
conta que a gente não esperava”, disse.
Ele defendeu a reabertura
parcial dos estabelecimentos e afirmou que, se na próxima semana, “não começar
a volta gradativa”, vai precisar “tomar uma decisão”. Ao ser questionado se
faria algo “mais radical” para acabar com o isolamento, Bolsonaro respondeu que
“um presidente pode muito, mas não pode tudo”.
“Temos gente poderosa em
Brasília que espera um tropeção meu. Estou esperando o povo pedir mais, só
posso tomar certas decisões com o povo estando comigo”.
Para ele, só quando “60% a
70% da população for infectada”, teremos a imunização do vírus. Bolsonaro
disse, ainda, que “vai demorar no mínimo um ano” para o Brasil voltar aos mesmo
índices do final de 2019./jovempan
Nenhum comentário:
Postar um comentário