A avaliação negativa do governo Jair Bolsonaro (sem partido) subiu mais de 8 pontos percentuais em quatro meses e atingiu 35,5%, segundo pesquisa CNT/MDA divulgada hoje. Já a positiva caiu quase nove pontos, chegando a 32,9%.
Segundo o instituto de pesquisas MDA, cujo estudo foi contratado pela CNT (Confederação Nacional dos Transportes), foram realizadas 2.002 entrevistas presenciais, de 18 a 20 de fevereiro, em 137 municípios de 25 Unidades da Federação. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.
O levantamento mostra os índices de popularidade do governo e também do próprio presidente. Traz ainda a avaliação dos brasileiros sobre a atuação dos governos federal e estaduais no enfrentamento à pandemia do novo coronavírus, a opinião sobre a vacinação contra a covid-19, além de outros temas como o retorno do auxílio emergencial e o decreto sobre compra e posse de armas de fogo.
A avaliação do governo
Bolsonaro é diferente da avaliação pessoal de Jair Bolsonaro. Essa última
analisa apenas o desempenho do presidente, e não do governo como um todo.
Na pesquisa divulgada hoje, 43,5% aprovam o desempenho pessoal do presidente, uma queda de 8,5 pontos percentuais em relação a outubro de 2020. Outros 51,4% desaprovam o presidente, índice que cresceu mais de 8 pontos em quatro meses.
Avaliação pessoal de Bolsonaro:
• Aprovação: de 52% em outubro/2020 para 43,5% em fevereiro/2021
• Reprovação: de 43,2% para 51,4%
• Não souberam opinar ou não responderam: de 4,8% para 5,1%
Pandemia e vacina
Em relação à pandemia do novo coronavírus, também houve queda na aceitação das medidas do Executivo, com 54,3% da população concordando com as ações do governo, contra a aprovação de 57,1% em outubro de 2020. Apesar da queda, há um aumento na positividade dos brasileiros em relação a maio do ano passado, quando foi registrado 51,7% de aprovação.
Já sobre as iniciativas do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, 34,2% consideram as atitudes como "irregulares" e somente 4,9% analisam como "ótimas".
Na luta pela vacina contra a
covid-19, 62,8% dos brasileiros disseram que vão se vacinar independente do
fabricante, enquanto 16,7% da população afirmou que não vai se vacinar.
A CoronaVac, produzida pelo instituto Butantan teve maior aceitação entre os entrevistados: 9,5% disseram que só vão se vacinar se for por meio desta imunização, enquanto 3,8% alegaram que só irão tomar a Astrazeneca/Oxford, da Fiocruz.
Economia e auxílio emergencial
Apesar da falta de aceitação das medidas contra a covid-19 pelo governo federal, a população brasileira acredita que no ano que vem a economia já vai estar reestabelecida no Brasil. Entre os entrevistados, 36,8% disseram que o setor será retomado em 2022, enquanto 34,5% acreditam que a situação só vai se ajeitar a partir de 2023. Para 10,5% a economia será reequilibrada no segundo semestre de 2021, e apenas 5% não acreditam que há chances de recuperação econômica.
Enquanto isso, houve queda na positividade dos brasileiros em relação aos empregos, caindo em 7,9% em relação a outubro do ano passado. Ainda, também teve aumento de 10% população que acredita que o desemprego vai piorar, registrando 40% da taxa este ano e 30% na última pesquisa. Parte dos entrevistados avaliam que o setor vai ficar igual, com 30,3% que fizeram a alegação, equilibrando com os 31,1% dos escutados ano passado.
Ainda sob perspectiva da crise financeira no Brasil, 22,1% dos entrevistados tiveram que pedir dinheiro no ano passado e este ano por conta da pandemia, enquanto 53,8% estimam que vão enfrentar dificuldades econômicas ao longo do ano. Em impasse no Congresso Nacional e no Palácio do Planalto, 70,2% da população acredita que o auxílio emergencial deve ser retomado com o mesmo valor em 2021, enquanto 16,6% consideram que deve retornar, mas com valores mais baixos.
Apenas 12,2% são contrários a medida. Apesar da crise dos cofres públicos e no bolso da população, 44,5% acreditam que situação está pior do esperado, enquanto 43,5% sente que está como o esperado, equilibrando as taxas comparativas.
Volta às aulas
Entre os entrevistados, 36% possuem filho em idade escolar, mas 71,8% ainda não se sentem seguros em enviar as crianças e adolescente para a escola presencialmente. Sobre o transporte público, 75,2% ainda evitam usar ônibus e metrô por insegurança às medidas de proteção.
Decreto de armas
Entre as prioridades estabelecidas pelo Congresso Nacional e Palácio do Planalto está o decreto de flexibilização do porte e posse de armas de fogos. Porém, entre os entrevistados, 68,2% disseram serem contra as alterações na legislação facilitando o acesso as munições no Brasil. Ainda, 74,2% não tem interesse em ter armas e somente 19,7% gostaria do acesso. Somente 1,6% tem pedido de posse em análise./uol
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