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sexta-feira, 30 de setembro de 2022

Biografia do candidato ao governo do estado - Antônio Carlos Magalhães Neto [ACM NETO]

 


Antônio Carlos Peixoto de Magalhães Neto GOMM (Salvador, 26 de janeiro de 1979), mais conhecido como ACM Neto, é um advogado, empresário e político brasileiro filiado ao União Brasil (UNIÃO), partido em que é secretário-geral. 

É neto do falecido Antônio Carlos Magalhães (ACM), sobrinho de Luís Eduardo Magalhães e filho de Antônio Carlos Magalhães Júnior (diretor da Rede Bahia), sendo herdeiro político de uma das mais tradicionais famílias políticas do país. Foi eleito prefeito de Salvador em 2012 e reeleito em 2016. 

Biografia

ACM Neto nasceu em Salvador no dia 26 de janeiro de 1979,[1] sendo filho de ACM Júnior e de Maria do Rosário Magalhães.[2] Estudou no Colégio Marista e no Colégio Módulo, sendo o último onde completou o segundo grau e fundou o grêmio estudantil.[3][4] Em 2001, formou-se em direito pela Universidade Federal da Bahia.[5] 

Em 2 de abril de 2004, casou-se com a médica dermatologista Lídia Salles, em cerimônia ocorrida na Catedral Basílica de Salvador, que contou com a presença de diversos parlamentares e políticos.[6] Tornou-se pai em 2007, com o nascimento de Lívia Magalhães, sua primeira filha.[7] Sua segunda filha, Marcela Magalhães, nasceu em 2010.[8] No final de 2011, ACM Neto divorciou-se de Lídia.[9] 

No dia 17 de dezembro de 2006, em Salvador, ACM Neto foi atacado pelas costas pela pensionista Rita de Cássia Sampaio de Souza, com golpes de faca, tendo sido internado no Hospital da Bahia.[10] Sua agressora foi presa, sendo indiciada por tentativa de homicídio qualificado.[11] 

Em 13 de dezembro de 2020, ACM Neto casou-se novamente, desta vez com a administradora de empresas Mariana Barreto, 6 meses após conhecê-la. A troca de alianças ocorreu em uma celebração particular para 20 convidados realizada no apartamento de seus pais ACM Júnior e Maria do Rosário.[12] 

Carreira política

ACM Neto começou a militar na política desde muito jovem, tendo sido o primeiro vice-presidente do grêmio do Colégio Módulo. Acompanhou de perto campanhas do avô, Antônio Carlos Magalhães, e do tio, Luís Eduardo Magalhães.[1] Em 1997, filiou-se ao seu primeiro partido, o PFL,[13] assumindo dois anos depois, em 1999, a diretoria nacional do PFL Jovem.[5] De 1999 a 2002, foi assessor da Secretaria de Educação do Estado da Bahia.[14] 

Em 2002, ACM Neto candidatou-se pela primeira vez a um cargo público e foi eleito deputado federal, sendo o candidato mais votado da Bahia pelo então PFL.[15] Em 23 de março de 2005, foi admitido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Ordem do Mérito Militar no grau de Grande-Oficial especial.[16] Em 2006, ficou em evidência na mídia por conta de sua participação na CPI dos Correios.[17] Reelegeu-se deputado nas eleições de 2006, tomando posse em 1 de fevereiro de 2007. 

Como candidato à prefeitura de Salvador em 2008, não alcançou votação suficiente para ir ao segundo turno, apesar de ter liderado as pesquisas de opinião.[18][19] O mesmo obteve 26% dos votos contra 30% de ambos os seus concorrentes.[20] No segundo turno, apoiou o então candidato à reeleição João Henrique Carneiro (PMDB) contra Walter Pinheiro (PT).[21] 

Em abril de 2009, veio à tona o escândalo das passagens aéreas. À época Corregedor da Câmara dos Deputados e integrante do Conselho de Ética, ACM Neto disse à coluna Painel, da Folha de S.Paulo, que "achava que a imprensa queria fechar o Congresso Nacional".[22] Afirmou que tinha, sim, o direito de utilizar passagens da Câmara para viajar com a mulher para Paris.[23] Em 2016, negou as supostas irregularidades.[24] 

Em maio do mesmo ano, ACM Neto pediu a cassação do deputado Edmar Moreira (DEM-MG), acusado de utilizar a verba indenizatória da Câmara em benefício das próprias empresas.[25] Ele não votou pela cassação do deputado no Conselho de Ética porque era o acusador, mas o seu suplente, Roberto Magalhães (DEM-PE), votou pela cassação.[26] O Conselho decidiu por absolver o parlamentar mineiro, posição que foi criticada por Neto.[27] 

Nas eleições de 2010, reelegeu-se deputado federal, sendo o mais votado da Bahia e o oitavo mais votado no Brasil.[28] Em 2011, defendeu no plenário proposta de aumento do salário mínimo para R$560,00.[29] No mesmo ano, foi apontado como o 6º parlamentar mais influente no Congresso.[30] 

 

ACM Neto ao lado da então candidata a vice-prefeita na sua chapa, Célia Sacramento, após votar no segundo turno da eleição municipal de 2012, em Salvador.

Nas eleições de 2012, foi eleito prefeito de Salvador no segundo turno, derrotando seu concorrente Nelson Pelegrino (PT) com 53% dos votos contra 46% do adversário.[31] Segundo a Vox Populi, ACM Neto foi considerado duas vezes seguidas (2013 e 2014) o prefeito mais bem avaliado do Brasil, com aprovação de 61% da população soteropolitana, que o credenciaria a uma forte reeleição e à candidatura estadual em 2018, conforme apontava a mídia.[32] 

Em 2015, o bom desempenho foi repetido e superado. Segundo o Instituto Paraná, o prefeito tinha 84,7% de aprovação entre os soteropolitanos.[33] Nas eleições de 2016, ACM Neto voltou a derrotar o grupo adversário, conquistando 74% dos votos contra 15% da candidata Alice Portugal (PCdoB) e se reelegendo no primeiro turno.[34] Em 8 de março de 2018, assumiu a presidência nacional do DEM, em substituição a Agripino Maia.[35] 

No primeiro turno das eleições de 2018, ACM Neto apoiou e coordenou a campanha de Geraldo Alckmin à presidência da república.[36] Ele chegou a se desentender com seu aliado e candidato ao governo estadual Zé Ronaldo (DEM), que declarou apoio ao então candidato à presidência Jair Bolsonaro (PSL) sem o seu aval.[37] No segundo turno, Neto declarou voto pessoal em Bolsonaro contra o candidato Fernando Haddad (PT), afirmando, porém, que não concordava com todas as ideias do militar reformado.[38] 

Durante a pandemia de COVID-19, em 2020, ACM Neto adotou, enquanto prefeito de Salvador, uma civilidade política entre ele e o governador e adversário Rui Costa (PT), com o objetivo de formar parceria na adoção de medidas contra a emergência de saúde.[39] Para Rui, apesar de fazer parte da oposição, Neto sempre manteve um padrão de relacionamento civilizado entre a prefeitura e o governo do estado.[40] ACM colocou-se contrário à ações do governo Bolsonaro na pandemia, como a ocultação de dados da doença e o negacionismo das vacinas.[41][42] 

Em 2019, posicionou-se contrário a uma possível fusão entre o DEM e o PSL, qualificando a situação do então partido bolsonarista como "confusão".[43] No entanto, após as eleições municipais de 2020 e a saída do presidente Jair Bolsonaro do PSL, deu início às conversas para definir a fusão entre as legendas.[44] Em 8 de fevereiro de 2022, com o registro oficial do União Brasil no TSE,[45] tornou-se secretário-geral do partido.[46] Nas eleições de 2022, em 5 de agosto, ACM Neto lançou oficialmente sua primeira candidatura ao governo da Bahia.[47] 

Referências

  1.  «Criado na política, ACM Neto assume a capital da Bahia». NE10. 31 de dezembro de 2012. Consultado em 5 de agosto de 2022
  2.  «Mãe de ACM Neto parabeniza prefeito pelos 40 anos: 'Estou em festa de coração, corpo e alma'». Bahia Notícias. 26 de janeiro de 2019. Consultado em 5 de agosto de 2022
  3.  Silva, Débora (14 de maio de 2012). «Asinhas nos pés que outubro vem aí...». Alô Alô Bahia. Consultado em 5 de agosto de 2022
  4.  «ACM Neto diz que Jayme Barros foi um dos maiores educadores da Bahia». Alô Alô Bahiaa. 28 de junho de 2021. Consultado em 5 de agosto de 2022
  5.  «MAGALHÃES NETO, Antônio Carlos». FGV CPDOC. 2017. Consultado em 5 de agosto de 2022
  6.  «Sarney participa da cerimônia de casamento do neto de ACM». Imirante. 2 de abril de 2004. Consultado em 5 de agosto de 2022
  7.  «Lívia Magalhães celebra aniversário de 15 anos em Salvador». Alô Alô Bahia. 13 de março de 2022. Consultado em 5 de agosto de 2022
  8.  «ACM Neto celebra aniversário de 10 anos da filha: "Estou cada dia mais orgulhoso"». Alô Alô Bahia. 3 de dezembro de 2010. Consultado em 5 de agosto de 2022
  9.  «ACM Neto desfila o carnaval solteiro». Interior da Bahia. 20 de fevereiro de 2012. Consultado em 5 de agosto de 2022
  10.  «Após ser esfaqueado, ACM Neto deixa hospital». Terra. 19 de dezembro de 2006. Consultado em 5 de outubro de 2006. Arquivado do original em 9 de outubro de 2016
  11.  Guerreiro, Gabriela; Neves, Felipe (18 de dezembro de 2006). «Presa em flagrante, mulher diz que esfaqueou ACM Neto por causa de reajuste». Folha de S.Paulo. Consultado em 5 de outubro de 2016
  12.  «Exclusivo! Confere como foi o casamento civil de ACM Neto e Mariana Barreto». Alô Alô Bahia. 13 de dezembro de 2020. Consultado em 5 de agosto de 2022
  13.  Viapiana, Tábata (1 de dezembro de 2017). «Administração testada e aprovada». IstoÉ. Consultado em 5 de agosto de 2022
  14.  «BA: ACM Neto é o novo prefeito de Salvador». Terra. 28 de outubro de 2012. Consultado em 5 de agosto de 2022
  15.  Zimmermann, Patrícia (7 de outubro de 2002). «ACM puxa votação do PFL na Bahia, mas número de deputados cai». Folha de S.Paulo. Consultado em 5 de agosto de 2022
  16.  Luiz Inácio Lula da Silva (23 de março de 2005). «DECRETO DE 22 DE MARÇO DE 2005». Diário Oficial da União (56): 2. Consultado em 5 de agosto de 2022
  17.  Recondo, Felipe (6 de março de 2006). «ACM Neto quer mais um mês e meio de CPI dos Correios». Folha de S.Paulo. Consultado em 5 de agosto de 2022
  18.  «ACM Neto tem 27% em Salvador, e João Henrique, 22%, aponta Datafolha». G1. 19 de setembro de 2008. Consultado em 5 de agosto de 2022
  19.  Martinez, Manuela (25 de agosto de 2008). «Ibope mostra ACM Neto na liderança». UOL. Consultado em 5 de agosto de 2022
  20.  «João Henrique Carneiro e Walter Pinheiro se enfrentam no 2º turno em Salvador». G1. 5 de outubro de 2008. Consultado em 5 de agosto de 2022
  21.  Arrais, Amauri (12 de outubro de 2008). «Mesmo derrotado, ACM Neto estanca 'erosão' do carlismo, diz especialista». G1. Consultado em 5 de agosto de 2022
  22.  «Farra das passagens envolveu partidos da base de Temer e oposição; relembre». Folha de S.Paulo. 4 de novembro de 2016. Consultado em 10 de novembro de 2016
  23.  «Painel da Folha: ACM Neto admite uso de passagens e diz que imprensa quer fechar Congresso». Folha de S.Paulo. 22 de abril de 2009. Consultado em 5 de agosto de 2022
  24.  «Corregedor da Câmara diz que absolvição de Edmar Moreira é "injustificável"». Folha de S.Paulo. 3 de julho de 2009. Consultado em 5 de agosto de 2022
  25.  
  26.  «Edmar Moreira ataca ACM Neto e chora». Veja. 20 de maio de 2009. Consultado em 5 de agosto de 2022
  27.  Maria Clara Cabral (18 de junho de 2009). «Relator pede a cassação de deputado dono de castelo». Folha de S.Paulo. Consultado em 5 de agosto de 2022
  28.  «Procuradoria denuncia 443 por 'farra das passagens' na Câmara, diz site». Folha de S.Paulo. UOL. Consultado em 6 de novembro de 2016
  29.  Décimo, Tiago (7 de outubro de 2010). «ACM Neto renasce com maior votação». O Estado de S. Paulo. Consultado em 5 de agosto de 2022
  30.  Lima, Sandro (15 de fevereiro de 2011). «Oposição aposta em 'racha' na base aliada para derrubar mínimo de R$ 545». Consultado em 5 de agosto de 2022
  31.  iBahia acessado em 27 de outubro de 2012
  32.  «ACM Neto é eleito prefeito em Salvador». G1 Bahia. 28 de outubro de 2012. Consultado em 5 de agosto de 2022
  33.  «ACM Neto é o prefeito mais bem avaliado do Brasil». Correio 24 Horas. 13 de dezembro de 2014. Consultado em 5 de agosto de 2022
  34.  Jairo Costa Junior (6 de janeiro de 2016). «Satélite: Com 84,7% de aprovação, ACM Neto lidera ranking de melhor prefeito do Brasil». Correio 24 Horas. Consultado em 5 de agosto de 2022
  35.  João Pedro Pitombo (2 de outubro de 2016). «ACM Neto confirma favoritismo e é reeleito com 74% dos votos em Salvador». Folha de S.Paulo. Consultado em 2 de outubro de 2016
  36.  Amaral, Luciana; Maia, Gustavo (8 de março de 2018). «ACM Neto assume presidência do DEM, critica PT e lança manifesto». UOL. Consultado em 5 de agosto de 2022
  37.  «"Deu tudo errado", diz Neto sobre campanha de Geraldo Alckmin». Tribuna da Bahia. 23 de outubro de 2018. Consultado em 5 de agosto de 2022
  38.  «Fiel a Alckmin, ACM Neto abandona candidato do DEM na Bahia pró-Bolsonaro». UOL. 3 de outubro de 2018. Consultado em 5 de agosto de 2022
  39.  Silva, Yuri (10 de outubro de 2018). «ACM Neto declara apoio pessoal a Jair Bolsonaro nas eleições 2018». O Estado de S. Paulo. Consultado em 6 de agosto de 2022
  40.  Paduan, Roberta (5 de junho de 2020). «Adversários, Rui Costa (PT) e ACM Neto (DEM) se unem contra crise». Veja. Consultado em 5 de agosto de 2022
  41.  Rebouças, Vinícius (20 de maio de 2020). «Rui diz que parceria com ACM Neto não é novidade e se tornou visível por causa da pandemia». Consultado em 5 de agosto de 2022
  42.  Rebouças, Vinícius (8 de junho de 2020). «ACM Neto categoriza como crime ocultação de dados do coronavírus determinada por Bolsonaro». Consultado em 5 de agosto de 2022
  43.  «ACM Neto diz que ideologizar e politizar vacina é crime inaceitável». Prefeitura de Salvador. Consultado em 5 de agosto de 2022
  44.  «ACM Neto nega fusão do DEM com o PSL: 'Não tem sentido se envolver na confusão'». Estado de Minas. 20 de outubro de 2019. Consultado em 5 de agosto de 2022
  45.  «ACM Neto sinaliza que setembro será decisivo para fusão DEM-PSL». Poder 360. 14 de setembro de 2021. Consultado em 5 de agosto de 2022
  46.  Marques, José (8 de fevereiro de 2022). «TSE oficializa criação da União Brasil». Yahoo Notícias. Consultado em 5 de agosto de 2022
  47.  Camila São José (2 de dezembro de 2021). «Secretário-geral do União Brasil, ACM Neto diz que seu foco em 2022 será a Bahia». Destaque1. Consultado em 2 de agosto de 2022
  48.  Eric Luis Carvalho (5 de agosto de 2022). «União Brasil lança oficialmente ACM Neto como candidato ao governo da BA». G1 Bahia. Consultado em 5 de agosto de 2022.

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