Alex morava com a mãe em Mossoró, mas foi viver com o pai no Rio de Janeiro, onde aconteceu a tragédia IMAGEM: REPRODUÇÃO
Duas horas após uma das várias sessões de espancamento, Alex foi levado para a UPA Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Vila Kennedy, já morto e com hematomas por todo o corpo. A equipe médica desconfiou de violência doméstica e enviou o caso para o Conselho Tutelar de Bangu. No IML, os peritos constataram que ele morreu por hemorragia interna. De tanto apanhar teve o fígado perfurado. Ele também tinha sinais de desnutrição.
Segundo o jornal ‘O Globo’, Alex morava com a mãe Digna Medeiros, 29, em Mossoró, no Rio Grande do Norte. No início de 2013, a mãe foi ameaçada pelo Conselho Tutelar local de perder a guarda do filho por não levá-lo para a escola. Digna, que não trabalha e sobrevive com dois salários mínimos dados pelo avô de Alex, mandou o filho para morar com o pai no Rio.
Na capital fluminense, Soeiro, que já cumpriu pena por tráfico de drogas e está desempregado, morava com a mulher, Gisele Soares, e outras cinco crianças em uma casa de três cômodos em uma área disputada por três facções rivais. Em depoimento, André afirmou que as surras eram “corretivos” para ensinar o filho “a andar como homem”. Para o pai, Alex, que gostava de lavar louça e de dança do ventre, era “afeminado”.
Soeiro contou que o menino não chorava enquanto apanhava e, por isso, batia mais, por achar que a lição não estava sendo suficiente, informou o jornal. Os vizinhos, o apelidaram de “monstro de Bangu” e disseram nunca ter ouvido nada.
Informações do UOL e do jornal O Globo.
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