Como havia adiantado o Teixeira News, a população dos municípios de Jucuruçu e Itamaraju se reuniu na manhã deste sábado (15) em um manifesto na altura do KM-813 da rodovia BR-101, essa que foi completamente interditada por quatro horas (das 9h às 13h). A reivindicação foi o cumprimento por parte do Governo do Estado para asfaltamento da rodovia BA-284, que liga os dois municípios. Parte da obra foi licitada, a construtora vencedora do certame chegou a compactar os primeiros quilômetros, mas em seguida tudo foi paralisado.
A cidade de Jucuruçu é a única da Bahia que não é ligada por asfaltamento, apesar da sua importância econômica agrícola e pecuária para o Estado e por sua estrada ser o principal corredor de acesso do norte de Minas Gerais às praias do extremo sul da Bahia. São 100 quilômetros de trechos íngremes e de barro vermelho, numa região onde se chove muito durante o ano, tanto que as obras de patrolamento, embora os municípios façam, são danificadas pelos temporais.
O primeiro trecho prometido pelo governador Jaques Wagner (PT), seria de Jucuruçu ao distrito de Nova Alegria, em território de Itamaraju, o que até o momento não ocorreu. Segundo o padre diocesano Kremerson Dias, pároco da Igreja Matriz de São Sebastião, em Jucuruçu, que em 2009 e 2010 participou de outros dois movimentos semelhantes, quando era pároco da Paróquia de Fátima, em Itamaraju, o que acontece é um desrespeito que ocorre no tratamento do Estado para com as populações dos dois municípios.
“A população sofre por demais com a poeira e os intermináveis buracos, onde os motoristas que trafegam na estrada têm de ter habilidade suficiente ao desviar de um buraco e não cair em outro, porque são valetas profundas em ladeiras sinuosas, além de muita lama na época chuvosa que com os atoleiros o risco é ainda maior, inclusive com registros de tantos acidentes”, lamentou.
O padre Kremerson Dias mais uma vez usou o sistema de som de um minitrio para denunciar o descaso e reformou que a população de Jucuruçu está firme no propósito de não votar em nenhum candidato caso as obras do asfaltamento não sejam reiniciadas. Desta vez, além de membros da Igreja Católica, participaram do ato muitos populares dos dois municípios, representantes de movimentos sociais, membros da CDL de Itamaraju e empresários.
Um grande aparato policial precisou ser dispensado para o manifesto e apesar da queima de pneus e galhos de árvores, nenhuma ação das forças de segurança precisou ser adotada. Os manifestantes prometeram fazer novas interdições caso a reivindicação não seja atendida./TN
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