Cloé passava as férias em Trancoso com a família quando o crime aconteceu (Foto: Reprodução/Facebook)
Luzinê estava preso desde 2009 no presídio de Teixeira de Freitas aguardando o julgamento. Em março, o juiz André Marcelo Strongenski sentenciou o caseiro a cumprir 24 anos de cadeia pelo crime de homicídio, 12 anos por estupro de vulnerável e atentado violento ao pudor, e mais um ano e seis meses pelo crime de ocultação de cadáver - totalizando 37 anos e meio. Após a condenação, Luzinê foi encaminhado para o presídio de Eunápolis.
O crime aconteceu no dia 4 de dezembro de 2008, em Trancoso, sul da Bahia. Luzinê trabalhava como caseiro na residência da menina Cloé Muratori Paroli, 3 anos, filha de Karl Joseph Paroli, 31, neozelandês, nativo de Napier, na Nova Zelândia, e da paulista Luciana de Vasconcelos Macedo Muratori, 33, que passavam as férias em uma casa de praia.
Luzinê teria violentado sexualmente e matado a menina. Quando foi preso, ele chegou a confessar o fato, dizendo que quando cometeu o crime estava "tomado pelo diabo'.
Rebelião
A rebelião envolveu 341 internos do pavilhão A do Conjunto Penal de Eunápolis, que comporta presos provisórios. O motim, que começou de manhã, durou oito horas e meia e só foi contido com a chegada de reforços da polícia, por volta das 18h — cerca de 60 policiais foram convocados e usaram bombas de gás lacrimogêneo.
Os outros cinco presos mortos foram identificados como Valdiero Pereira da Silva, Gealdo Oliveira de Almeida, Sulivan Santos Marinho, Glimarim Soriano dos Santos e Melque Silva Souza. Mais sete detentos ficaram feridos. Cinco já receberam alta do Hospital Regional de Eunápolis e dois - Carlos Henrique Neri da Silva e Hudson Nascimento de Jesus - permanecem na unidade em observação, segundo a TV Bahia.
De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), a revolta começou depois de uma revista dos internos. Os detentos que estavam no pátio aguardando o fim do procedimento começaram a agredir os agentes e policiais militares com pedras e outros artefatos. Durante o confronto, um policial foi ferido na perna e recebeu atendimento dentro da unidade. Segundo a polícia, ele passa bem.
A polícia precisou chamar reforços da Companhia Independente de Policiamento Especializado Mata Atlântica (Caema) para conseguir controlar a rebelião. “Foi difícil, mas, graças a Deus, com reforços, conseguimos”, afirmou o subcomandante da 7ª CIPM, Tiago Cruz.
A estrutura do pátio e de celas do pavilhão onde ocorreu a revolta foi destruída. Em nota, a Seap lamentou a morte dos detentos e afirmou que já prestou queixa na delegacia de Eunápolis, “para que sejam apuradas as autorias dos homicídios e a tomada de providências legais através do respectivo inquérito policial, independente da apuração administrativa”. Por conta da destruição das celas, os detentos serão transferidos./Correio24horas
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