O crime ocorreu em frente ao prédio de nº 348 da Rua da Saudade, no bairro Bela Vista, numa região central de Teixeira de Freitas, onde foi desembarcar, o colega repórter esportivo Djalma Ferreira, 60 anos. A sua namorada Daniele Ferreira dos Santos, 25 anos, que estava no banco traseiro, acabou ferida na perna direita por um projétil de arma de fogo.
E 60 dias se passaram e nenhuma satisfação ainda foi dada pela Polícia Civil. O radialista e jornalista Gel Lopes foi misteriosamente assassinado, 23 anos depois do sumiço misterioso do radialista e jornalista Ivan Rocha, que no último dia 21 de abril de 2014, completou 23 anos do seu desaparecimento de Teixeira de Freitas.
O jornalista Ivan Rocha, que tinha 32 anos na ocasião, editor de três jornais de circulação dirigida e apresentador do programa jornalístico do meio-dia da Rádio Alvorada AM de Teixeira de Freitas, desapareceu na noite do dia 21 de abril de 1991, quando saía da casa da sua namorada, uma pedagoga que morava no bairro Urbis-I, na zona sul da cidade. No dia do seu sumiço ele havia anunciado no seu programa que entregaria ao desembargador Mário Albianni, então presidente do Tribunal de Justiça da Bahia, que visitaria a cidade no dia seguinte, um dossiê com nomes de políticos e policiais que integravam o sindicato do crime na região.
É que o extremo sul vivia uma enorme onda de crimes de pistolagem. A promotora de justiça Graziella Junqueira Pereira, que chegou ao Ministério Público Estadual de Teixeira de Freitas, em setembro de 2009, tão logo assumiu a titularidade da 3ª Promotoria Criminal da Comarca, quis conhecer o caso e oficiou à polícia judiciária, o poder judiciário e órgãos afins para que esclarecessem sobre os fatos, objetivando reabrir o caso do jornalista Ivan Rocha.
Mas a promotora não obteve nenhuma resposta, justamente pela complexidade que gerou em torno do sumiço daquele profissional de imprensa, cujo corpo nunca apareceu e nem seu paradeiro tenha sido esclarecido por falta de autores definidos. Até o inquérito ou processo do caso sumiu dos anais da Polícia Judiciária e do próprio Poder Judiciário.
A promotora na época, lamentou publicamente a prescrição do crime do jornalista Ivan dos Santos Rocha, que na quinta-feira, do dia 21 de abril de 2011, completou exatos 20 anos do seu sumiço e sua prescrição foi dada como certa. E 23 anos depois, foi à vez do ex-vereador, radialista e jornalista Jeolino Xavier Lopes, o “Gel Lopes”, 44 anos, editor do site Portal N3 e pré-candidato a deputado federal, ser assassinado com 6 tiros, em plena via pública de uma região central da cidade. O jornalista Ivan Rocha é um desaparecido para sempre e o caso Gel Lopes sinaliza estar à beira dos insolúveis./ (Por Athylla Borborema)
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