Irritada com as perguntas sobre a crise da Petrobras e aumento do combustível, a presidente Dilma Rousseff (PT) lançou tentativas de limitar as perguntas dos jornalistas às questões do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV), em coletiva na manhã desta quarta-feira (25). Dilma participa da cerimônia de entrega de 920 unidades em Feira de Santana, no centro-norte baiano. “Eu quero falar sobre a Minha Casa Minha Vida”, esbravejou Dilma ao interromper a imprensa baiana, que a esperava após o discurso para os feirenses.
Ela chegou a responder que não elevou “uma vírgula no preço dos combustíveis” e nem houve reduções, apesar de admitir as oscilações nos preços da gasolina. A medida do governo federal só teria sido a recomposição do imposto de Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), tributo arrecadado para o financiamento de programas de infra-estrutura de transportes. “Passamos todo o período de US$ 100 a US$ 200 o barril sem mexer significamente nos preços dos combustíveis”, declarou a presidente.
Sobre o programa federal de habitação, a presidente confirmou que o programa continuará durante o seu segundo mandato e passará somente por ajustes, assim como alterações no programa Bolsa Família. “Progressivamente, vamos fazer alterações. Isso se faz em todas as áreas. Retiramos um milhão do Bolsa Família porque as pessoas ultrapassaram a renda mínima e não se caracterizaram como beneficiárias.
O que não está certo é fazer o programa e pessoas que não são beneficiadas legítimas recebam os benefícios. São necessárias medidas corretivas”, argumentou. Dilma utilizou o mesmo argumento para justificar as alterações nas medidas trabalhistas anunciadas neste ano pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy. “Fizemos série de medidas que vão ser permanentes, e outras que vão oscilar a partir da conjuntura”, concluiu. Ela se recusou a comentar sobre os protestos organizados que pedem o seu impeachment.
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