"Nunca achei que poderia engravidar naturalmente", disse a psicóloga Layane Cedraz, 32 anos, que espera uma menina, seu sexto filho. Ela já é mãe de cinco meninos, que foram concebidos por fertilização in vitro – os quadrigêmeos Yure, Enzo, Ianic e Luigi, de 1 ano e 9 meses, e Rafic, de 6 anos.
Layane conta que, após o nascimento dos quadrigêmeos, ela e o marido não utilizavam qualquer método contraceptivo pensando que seria impossível engravidar naturalmente.
"Tenho uma trompa obstruída, endometriose e não tenho ciclo menstrual regular. Só descobri a gravidez [da menina] com cerca de quatro semanas, porque fiquei me sentindo cansada, tinha mal-estar, sentia um sono inexplicável e ficava pensando: 'Minha menstruação, quando vier, vai me derrubar'", relata Layane.
Mesmo com cinco filhos, a psicóloga conta que ainda tinha o sonho de ser mãe de uma menina. Ela e marido pensavam em adoção, mas não por enquanto. "A gente pensava em adotar, mas só daqui a uns cinco anos, quando os meninos estivessem maiores. Não esperava. Estou anestesiada até agora. Confesso que ainda estou processando tudo, porque, por mais que em meu coração desejasse, eu não acreditava", revela.
Layane explica que comprou um teste de farmácia para tirar a dúvidas sobre o mal-estar que sentia, mas ainda não acreditava na possibilidade da gravidez.
"Comprei o teste de farmácia sem avisar a ninguém. Fiquei com medo de fazer, deixei para o dia seguinte, depois do Natal. Meu sonho era enxergar as duas listinhas do teste. Quando fiz e confirmou, comecei a chorar, acordei meu marido desesperadamente. Ele me acalmou, disse que a gente ia confirmar o exame em um laboratório e que o bebê 'é o presente de Deus para nossas vidas'. Eu não sabia de quanto tempo eu estava grávida, aí depois do exame no laboratório, descobri que estava com quase quatro semanas", conta.
Ela lembra ainda que o filho mais velho, Rafic, disse a ela que sonhou que teria uma irmãzinha. "Ele disse: 'eu vou pedir a papai do céu uma irmãzinha'. Então, quando descobri fiquei desesperada para dar notícia a ele', conta Layane.
Nova fase da família
Ainda "processando a novidade", a futura mãe de seis crianças está aproveitando a fase de entrada dos filhos menores na escola.
"Ainda estou curtindo os primeiros dias de aula dos meninos, de arrumar a mochila,comprar os materiais, essas coisas. Aos poucos vou me acostumando com a novidade", fala em tom de brincadeira.
Agora com 14 semanas de gravidez, a mãe de Melissa, como vai se chamar a caçula da família Cedraz, já ganhou muitos presentes. A nova integrante da casa deve chegar em agosto e seus padrinhos já foram escolhidos.
Layane diz que a filha deve nascer, de parto cesárea, em Feira de Santana, cidade onde mora, pois seria difícil ter levar cinco crianças para Salvador, distante 100 km.
"Quando tivemos os meninos [quadrigêmeos], alugamos um apartamento próximo ao hospital e levamos Rafic, mas hoje não temos como levar cinco e mudar toda a estrutura da minha casa daqui para lá [Salvador]", explica.
Curiosidades
Layane e os quadrigêmeos fazem aniversário no mesmo dia, 10 de maio. Yure é descrito pela mamãe como o mais simpático e intenso; Enzo é o mais observador e impaciente; Ianic, o mais traquino e invocado e Luigi, o mais gordinho e ciumento. Eles completam dois anos em 2015.
Com a chegada dos meninos, Layane, que morava em Aracaju, no estado de Sergipe, teve que se mudar para Feira de Santana, na Bahia, para ficar perto dos familiares.
Para cuidar de todas crianças, ela conta com o apoio de duas babás – antes de os meninos mais novos irem para a escola, eram três.
"Tive que deixar meu emprego, e as contas de casa ficam todas com meu marido. Eu cuido dos meninos. Nossa casa é pequena e precisei fazer um espaço pequeno para eles brincarem, porque não ia dar para eles ficarem brincando pela casa. Não consigo ver tudo que faço pelos meus filhos como trabalho. O amor que todos eles nos proporcionam nos deixam revitalizados e faz tudo valer a pena", conta./G1
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