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segunda-feira, 13 de julho de 2015

Operação da PF apura desvios do Fundeb em 25 cidades baianas




A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta segunda-feira, 13, a Operação Águia de Haia, com o objetivo de cumprir 96 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão preventiva em 25 municípios da Bahia, um em Minas Gerais e um em São Paulo. Duas pessoas já foram presas na operação, que conta com a participação de 450 policiais federais.

Segundo informações da PF, a organização criminosa investigada forjava licitações para desviar recursos federais do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Somente nas cidades baianas, o montante desviado atinge a quantia de R$ 57.173.900,00. Entre os municípios estão Camamu, Livramento, Una, Itabuna, Ibirapitanga, Camacã, Buerarema, Teixeira de Freitas, Ilhéus e Nova Soure.

"As buscas ocorrem em diversos municípios do interior da Bahia. Estão sendo realizadas oitivas de pessoas no interior no momento. Não necessariamente elas serão presas pois, muitas vezes, a pessoa é levada para ser interrogada, para que a investigação seja concluída de forma mais célere", explicou o delegado regional de Combate ao Crime Organizado, Fábio Muniz.

Policiais federais foram vistos em frente à residência da prefeita de Camamu - Foto: Foto do leitor | Cidadão Repórter

Deputado baiano

Agentes da PF realizaram nesta manhã, na capital baiana, buscas no gabinete do deputado Carlos Ubaldino Filho (PSD), na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA). O advogado Ananias Daeds de Souza, do departamento jurídico do deputado, afirmou ao Portal A TARDE que os policiais não apresentaram nenhum mandado de busca e apreensão.

Ele disse ainda que o deputado liberou a entrada da PF para as investigações - que vasculharam documentos e os computadores do gabinete -, mas não possui ligação com os desvios do Fundeb.
"Eles já estiveram aqui um tempo atrás e voltaram para confirmar as informações, mas não existe nenhuma fraude", enfatizou Ananias.

Os agentes concluíram a ação no gabinete de Carlos Ubaldino por volta de 11h30, quando saíram do local com uma mochila, mas não há confirmação se eles levaram algum documento.

Início das fraudes

A organização iniciou as atividades criminosas em São Paulo, passou por Minas Gerais e, em 2010, se estabeleceu na Bahia. A PF investigou as ações realizadas até 2014. Os responsáveis pelas fraudes serão indiciados por crimes licitatórios, corrupção ativa e passiva e formação de quadrilha, entre outros delitos.

O delegado Fernando Berbert, que conduz as investigações, participa de uma coletiva de imprensa iniciada por volta de 11h, na sede da Polícia Federal, para divulgar mais informações sobre a operação./atarde

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