Um menino de um ano e quatro meses foi hospitalizado em um pronto-socorro de Manaus (AM), neste domingo (12), com marcas de mordida pelo corpo, hematomas de espancamento e ferimentos no pênis. A mãe do bebê foi encaminhada à polícia para prestar depoimento e sustenta que a criança caiu do velocípede. “A criança chegou chorando.
A mãe, super fria, chegou dizendo que a criança tinha caído do velocípede. Achei muito estranho porque a gente conhece quando a criança cai e ele estava cheio de mordidas pelo corpo inteiro, perna, tronco, cabeça, bochecha, inclusive na área genital. O ‘pintinho’ dele estava dilacerado com mordias”, disse a pediatra Aline Coelho Cordeiro.
Ao G1 a médica relatou que a equipe do hospital questionou a mãe e o padrasto do bebê – de 22 e 17 anos, respectivamente – sobre a causa dos ferimentos. Segundo relatou, a mãe contou que o bebê caiu do velocípede, depois ela mudou de assunto e disse que tinha dormido e acordado com a criança daquele jeito. O bebê ficou em observação por três horas, fez exame de raio-x e foi avaliado por um pediatra, um cirurgião e um ortopedista. “Ele não tem sinais de fratura.
A única coisa que está ruim é a urina. Como o ‘pintinho’ dele foi muito mortido, ele não está conseguindo urinar”, disse Aline. Familiares da mãe da criança mantiveram a informação de que o bebê havia caído da escada, mas que ele estava bem. A mãe e a criança foram encaminhadas para o Instituto Médico-Legal para realização de exames de corpo delito, antes de seguirem para a Delegacia Especializada de Assistência e Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca).
A delegada titular Juliana Tuma afirmou que o foi instaurado flagrante e a perícia do IML poderá identificar a natureza das mordidas. “Esse caso da lesão corporal deixou toda a equipe da delegacia sensibilizada. Iniciamos as diligências no sentido de apontar a natureza das mordidas, até para que a gente verifique se a mordida foi feita por um adulto, uma criança, se foi por alguém que usa ou não aparelho (dentário)”, disse. O menino foi encaminhado ao serviço de acolhimento institucional, onde ficará até o caso ser elucidado./BN
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