Antonio Cruz/Agência Brasil - 14.2.2017
Reunião no Palácio da Alvorada contou com a participação do advogado do presidente Michel Temer (PMDB)
Reunião foi realizada poucos
dias antes de o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentar
denúncia ao Supremo contra o presidente.
A poucos dias de o
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentar denúncia contra Michel
Temer (PMDB) no STF (Supremo Tribunal Federal), o presidente reuniu neste
domingo (25) os principais nomes de seu núcleo político para definir a
estratégia de sobrevivência do governo. O encontro ocorreu no Palácio da
Alvorada, em Brasília.
De acordo com informações publicadas
pelo jornal “ O Estado de S.Paulo ”, participaram da reunião promovida por
Michel Temer os ministros Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo), Eliseu
Padilha (Casa Civil), Henrique Meirelles (Fazenda), Moreira Franco
(Secretaria-Geral da Presidência da República), general Sergio Etchegoyen
(Gabinete de Segurança Institucional) e Torquato Jardim (Justiça).
Também participaram do
encontro o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e os líderes do governo
no Congresso, André Moura (PSC-SE), e na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) –
que foi ministro das Cidades durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff
(PT).
Oficialmente, a reunião teve
como pauta a agenda de votações do Congresso. Entretanto, segundo o jornal, o
Palácio do Planalto confirmou a participação de Gustavo Guedes, advogado do
presidente, na reunião. Também neste domingo, Temer recebeu no Palácio do
Jaburu a advogada-geral da União, Grace Mendonça.
Prazo
Na quinta-feira (22), o
ministro Edson Fachin, do STF , enviou à PGR (Procuradoria-Geral da República)
o inquérito que investiga Temer a partir das delações premiadas dos executivos
Joesley e Wesley Batista, proprietários da empresa J&F, holding que
controla a JBS. Com o recebimento da intimação, Janot recebeu prazo legal de cinco
dias para decidir sobre eventual denúncia contra o presidente e outros citados nas investigações, entre
eles, o ex-deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR).
Em relatório enviado ao
Supremo na última segunda-feira (19), a Polícia Federal diz que as evidências
encontradas durante a investigação apontam "com vigor" que Temer
cometeu crime de corrupção passiva.
Também nesta semana, a PF
concluiu a perícia sobre o áudio da conversa entre o presidente e Joesley
Batista e chegou à conclusão de que o arquivo não foi editado. Na gravação, os
dois conversam sobre o cenário político, os avanços na economia e também citam
a situação do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso por envolvimento nas
irregularidades apuradas pela força-tarefa da Operação Lava Jato.
Leia também: Governo Temer é
aprovado por só 7% e tem pior marca desde Sarney
Em outro trecho da conversa,
Michel Temer orientou ao empresário que procurasse Rocha Loures para que
resolvesse uma pendência da J&F. Rocha Loures, que foi assessor de Temer na
Vice-Presidência da República, foi preso pela Polícia Federal no início de
junho, após ter sido flagrado recebendo uma mala com R$ 500 mil, que, segundo o
empresário, era fruto de propina./ultimosegundo
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