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terça-feira, 1 de agosto de 2017

E ai, já peidou hoje? Homem morre após ficar sem peidar por 20 horas




O mexicano Jorge M. foi visitar a namorada ao meio-dia, almoçou com ela e sua mãe. Infelizmente para ele, a comida foi mais pesada do que estava habituado a comer. Pouco depois seu corpo começou a fabricar gases, com vergonha de peidar em frente a namora e a mãe dela, Jorge ficou prendendo os gases, por volta das 20 horas, Jorge, não suportando mais as dores, caiu no chão segurando o estômago.

A namorada de Jorge chamou a ambulância e levou-o para o hospital. Infelizmente, eles não podiam fazer nada por ele e morreu uma hora depois.

A razão? Segundo o Dr. Jesus Cazares, que recebeu Jorge na sala de emergência, o jovem tinha divertículos no intestino grosso, que são causados por retenção de gases por longos períodos de tempo, este por sua vez, causou uma peritonite, e, posteriormente, a morte.

Eliminar flatos, conhecido popularmente como pum, é normal e acontece a todo mundo. Porém, em alguns casos, o excesso de gases intestinais pode ser bastante incômodo, principalmente se ele estiver associado a sintomas como dor abdominal, distensão do abdômen, flatulência excessiva e com odor desagradável ou arrotos.

Em geral, o excesso de gases intestinais costuma estar relacionado à dieta, mas ele pode ser um sinal de alguma doença do trato gastrointestinal, como, por exemplo, a síndrome do intestino irritável.

DE ONDE VÊM OS GASES?

Os gases intestinais são basicamente produzidos pelas milhões de bactérias que vivem no nosso trato digestivo e participam do processo de digestão. O gases intestinais são produzidos principalmente após metabolização de carboidratos, gorduras e proteínas ingeridas nos alimentos.

No caso dos gases no estômago, a origem principal é o ar engolido durante as refeições. Nós não reparamos, mas durante as refeições engolimos volumes enormes de ar. Também é comum haver deglutição de ar quando se mastiga um chiclete ou se fuma um cigarro. Outra fonte de gases estomacais são as bebidas gaseificadas.

Grande parte do gases deglutidos são eliminados através das eructações, conhecidas popularmente como arrotos. Porém, se o paciente tem o costume de deitar após as refeições, estes gases apresentam mais facilidade em seguir o caminho em direção aos intestinos do que retornar ao esôfago (já notou como é muito mais fácil arrotar quando se está sentado ou em pé em vez de deitado?), aumentando a eliminação de flatos.

QUAIS ALIMENTOS CAUSAM MAIS GASES INTESTINAIS?

Alguns tipos de carboidratos são mais difíceis de serem digeridos no intestino delgado e, por isso, chegam em grande quantidade ao cólon, onde são metabolizados pelas bactérias. Os principais carboidratos mal digeridos são os oligossacarídeos.

Os alimentos que mais causam gases intestinais são:

– Feijão.
– Ovos.
– Cerveja (escura).
– Leite.
– Batata.
– Milho.
– Farelo de trigo.
– Brócolis.
– Aspargos.
– Alho.
– Repolho.
– Bebidas gaseificadas.
– Couve-flor.
– Cebolas.
– Refrigerantes.

Falta de exercício físico, constipação intestinal, intolerância à lactose e alterações da flora bacteriana dos intestinos por uso de antibióticos também podem causar aumento da produção de gases. Sexo anal passivo é outra causa.

O enxofre, que causa o odor desagradável do pum, normalmente é produzido após ingestão de proteínas. A carne de porco, por exemplo, costuma causar flatos com cheiro forte.

Ansiedade pode acelerar o transito intestinal, levando mais alimentos mal digeridos ao cólon, fornecendo mais substrato para as bactérias que produzem gases.

QUANDO O EXCESSO DE GASES INTESTINAIS PREOCUPA?
Estudos mostram que a maioria dos pacientes que se queixam de excesso de gases intestinais, na verdade apresentam a mesma quantidade de gases que a média da população. Este paciente têm é uma maior sensibilidade à presença de gases.

Eliminamos em média 500 a 1500 ml de gases através dos flatos. Por exemplo, um paciente pode se sentir desconfortável se sua eliminação diária de gases for normal, mas próxima de 1300-1500 ml. Às vezes, uma dieta mais cuidadosa pode reduzir a produção de gases para menos de 1000 ml por dia, fazendo com que o mal-estar passe. Resumindo: não é preciso ter excesso de gases, para se sentir com excesso de gases.

Pacientes com síndrome do intestino irritável ou com dispepsia funcional costumam tolerar mal pequenos aumentos na produção de gases intestinais.

Na grande maioria dos casos, o excesso de gases intestinais não indica nenhuma doença, não importando se há ou não odor forte. Os sinais de gravidade estão na presença de outros sintomas associados, como perda de peso, diarreia crônica, anorexia, anemia, sangramentos e dor abdominal Nestes casos, uma visita ao médico é indicada.

TRATAMENTO DO EXCESSO DE GASES INTESTINAIS

O modo mais fácil de controlar os gases intestinais é através de uma dieta cuidadosa. Evite alimentos que sabidamente agravam seus sintomas. Estes podem incluir lacticínios, algumas frutas e legumes, cereais integrais, adoçantes artificiais e refrigerantes. Uma dica em relação ao feijão é deixá-lo de molho durante a noite e trocar a água antes de cozinhá-lo.

Mantenha um registro de alimentos e bebidas que você ingere para conseguir identificar quais as comidas são mais incômodas. O que pode causar gases em mim, não necessariamente causará em você e vice-versa.

Além de equilibrar a dieta, também é importante praticar exercícios e reduzir o estresse.

Existem pastilhas de carvão ativado, à venda em farmácias, que ajudam a neutralizar os gases intestinais. Mas atenção: se você toma medicamentos regularmente, o carvão ativado pode inativá-los, sendo contraindicado nesses casos. Um medicamento chamado Beano ajuda a diminuir os gases intestinais. A famosa Simeticona (antiga Dimeticona) não parece ser muito efetiva, não demonstrando bons resultados nos estudos científicos. O salicilato de bismuto é uma opção para quem se queixa de flatos com mau cheiro.

Já existem no mercado brasileiro cuecas e calcinhas feitas com tecidos que absorvem o pum, diminuindo a passagem do seu cheiro. Uma delas é chamada de Under-Ease. Algumas vêm acolchoadas, reduzindo também o barulho dos flatos.

No caso dos arrotos (eructações) a principal causa é o ar engolido durante as refeições. Quanto mais rápido se come, maior é a quantidade de ar deglutido. Engolir saliva, fumar, mastigar chicletes e falar enquanto come também causam deglutição de ar. Obviamente bebidas gasosas aumentam as eructações.


Pessoas ansiosas apresentam deglutição de grande quantidade de ar, chamado de aerofagia, que causa desconforto abdominal por distensão do estômago, que por sua vez, leva a mais ansiedade. O controle da ansiedade alivia os sintomas do excesso de gases.

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