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quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Pai e filho estão entre investigados em operação da PF contra fraude no transporte escolar em Porto Seguro



Pai e filho estão entre investigados em operação da PF contra fraude no transporte escolar em Porto Seguro


A Polícia Federal informou nesta quarta-feira (2), durante uma coletiva de imprensa, sobre a operação Gêneses, de combate a fraudes no contrato do transporte escolar da Prefeitura de Porto Seguro, que o procurador da empresa investigada na operação é filho do coordenador de transporte escolar do município. 

A coletiva de imprensa, assim como a operação, contou com a participação do Ministério Público Federal e Controladoria-Geral da União. A investigação estima que, nos últimos dois anos, o esquema causou um prejuízo de quase R$ 38 milhões aos cofres públicos.


A PF informou que o processo está sob sigilo e por isso, não divulgou nomes, citou apenas a relação de parentesco e de negócios de dois dos investigados. Conforme a polícia, o pai beneficiava a empresa do filho fazendo aditivos no contrato da licitação e criando rotas para circulação do transporte, que não existiam.


Por meio de nota, a Prefeitura de Porto Seguro assegurou que se “pauta na mais absoluta transparência em todos os contratos firmados com fornecedores e manifesta apoio e colaboração com o trabalho da Polícia Federal, se colocando à disposição para prestar todos os esclarecimentos necessários para que a investigação seja concluída o mais breve possível”.

A prefeitura informou, ainda, que já deu início a um procedimento administrativo interno para apurar as possíveis irregularidades na licitação e na execução do contrato investigado.

Na operação desta quarta-feira, foram cumpridos cinco mandados de prisão temporária, mas a polícia não detalhou se pai e filho estão entre os presos. Foram cumprido também 15 mandados de busca e apreensão e 37 de condução coercitiva. Além de Porto Seguro, a ação ocorreu em Eunápolis e Itabela, também nos sul da Bahia. A operação também foi deflagrada nas cidades de Guaraciaba, Manhuaçu e Viçosa, todas em Minas Gerais, estado onde surgiu a empresa de transporte.

Conforme o MPF, as investigações iniciadas há cerca de dois anos, ocorreram após denúncia de dois vereadores de Porto Seguro. Além disso, alguns fatores na licitação do transporte público deixaram órgãos federais desconfiados. Conforme o MPF, a empresa saiu de Minas Gerais para Porto Seguro dois meses antes do certame licitatório e adequou o capital social que gerava em torno de R$ 150 mil para R$ 900 mil, só para possibilitar a exigência do edital./G1 Bahia

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