Agência Nacional de Energia
Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira (24) um aumento de 42,8% para o
valor do patamar 2 da bandeira tarifária vermelha. Com o reajuste, a taxa extra
cobrada nas contas de luz quando essa bandeira é acionada passará de R$ 3,50
para R$ 5,00 a cada 100 kWh consumidos. Segundo a decisão da Aneel, o novo
valor passará a valer já a partir de novembro. Entretanto, se trata de uma
proposta que passará por audiência pública e poderá ser alterada em uma votação
posterior à audiência.
De acordo com o diretor da
Aneel Tiago Correia, a aplicação imediata do novo valor vai evitar um déficit
ainda maior na conta que arrecada os recursos das bandeiras tarifárias, que já
registra prejuízo. Esses recursos são usados para cobrir o aumento no custo da
geração de energia no país, que ocorre quando a falta de chuvas faz cair muito
o nível de armazenamento de água dos reservatórios das hidrelétricas e é
necessário acionar mais termelétricas - que geram energia mais cara.
Nesse momento, a estiagem
atinge os reservatórios das principais hidrelétricas do país e ao longo de
outubro já está valendo o patamar 2 da bandeira tarifária vermelha. Neste mês,
o valor da bandeira inda será de R$ 3,50 para cada 100 kWh consumidos A
proposta da agência reguladora manteve em R$ 3,00 o valor do patamar 1 da
bandeira vermelha. Já a taxa da bandeira amarela cairá pela metade, de R$ 2
para R$ 1 a cada 100 kWh consumidos. Mudança no gatilho Em compensação, a Aneel
alterou também os gatilhos de acionamento das bandeiras. O diretor-geral da
Aneel, Romeu Rufino, explicou que a mudança da metodologia permitirá que o
acionamento da bandeira passe a levar em consideração também o nível dos
reservatórios das usinas hidrelétricas.
Hoje, para o acionamento das
bandeiras, são analisados o custo de geração da térmica mais cara acionada e a
expectativa de chuvas. Com a mudança, a bandeira amarela deve passar a ser
acionada antes do que geralmente ocorre. A mudança nos patamares foi proposta
depois que a Aneel verificou que os atuais valores não têm sido suficientes
para pagar pelo custo extra de geração da energia com o uso mais intenso de
termelétricas.
Com os reservatórios das usinas hidrelétricas cada vez mais
baixos, por causa da falta de chuvas, o sistema elétrico depende cada vez mais
de usinas térmicas, que geram energia mais cara pois funcionam por meio da
queima de combustíveis./G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário