No segundo domingo do mês
dezembro de 2017, dia 10/12 o SDD- SOLIDARIEDADE realiza a sua convenção
municipal em Itamaraju, uma data emblemática para a sigla partidária 77, a
agremiação política deixara a condição de comissão provisória para se tornar
diretório municipal graças ao feito de superar as 1300 filiações no partido no
município de Itamaraju.
O Evento acontece no
auditório da Câmara Municipal a partir das 9 da manha do próximo domingo, o
Presidente do partido o Vereador Evando Rodrigues Falou com a nossa reportagem
e nos trouxe maiores detalhes.
História do Solidariedade
O Solidariedade, movimento
que tem por princípio a defesa de todos os que contribuíram ou contribuem para
a riqueza do País, teve seu registro aprovado pelo TSE (Tribunal Superior
Eleitoral), em setembro de 2013, porém é importante voltarmos um pouco no tempo
para entendermos as lutas e os sonhos que culminaram na sua criação.
A República Brasileira sempre
conviveu com períodos de instabilidade e descontinuidade, como os golpes em
1930 e 1964. Após quase 21 anos de ditadura, o Brasil vive hoje seu maior período
de democracia plena, com o voto universal garantido a todos os cidadãos do País
desde 1989.
Em 1979, com o
estabelecimento da Lei Orgânica, teve fim o bipartidarismo do regime militar
(ARENA e MDB) e começaram a surgir novas legendas como o PMDB, PDS, PFL e o PT.
Mesmo após a redemocratização, o País também passou por momentos críticos,
principalmente no que diz respeito à economia, como o monstro da inflação nos
anos 1980, o confisco das poupanças, no Governo Collor, e a criação do Plano
Real, no Governo de FHC.
Em 2003, o País e,
principalmente, os partidos mais ligados à esquerda tradicional, viviam o
êxtase de ver a ascensão ao poder de um político nascido nas lutas dos
trabalhadores, por melhores salários e justiça social. Este episódio marca a criação
da maior frente partidária instituída até a época no Brasil, em torno de um
governo eleito pela via democrática do voto, com a eleição de Luiz Inácio Lula
da Silva como presidente, pela coligação PT / PL / PMN / PCB / PCdoB, além do
apoio informal do PMDB em diversos estados.
A população acreditava que o
Brasil seguia o rumo da construção de um País melhor e mais justo. Era o
momento de concretizar as esperanças que sempre foram nutridas de que esse é um
País para todos e não para poucos, como sempre foi visto.
Passados os quatro primeiros
anos de um governo dito “popular”, observou-se que os planos que foram adotados
não mudaram a forma de assistência social paliativa mesmo com a participação
ativa das centrais sindicais, que propiciaram a criação de uma política de
valorização do salário mínimo e de melhoria nas correções das aposentadorias e
pensões. As grandes reformas foram mais uma vez proteladas mesmo quando o
governo estava no auge da sua melhor avaliação.
Em 2005, explode o escândalo
do mensalão e percebeu-se que o modo de fazer política não se diferenciava
daqueles que sempre foram criticados. O partido que na oposição se dizia o
grande defensor da ética na política se mostrou um grande manipulador de
maracutaias com dinheiro público e com os prestadores de serviços que serviam
ao governo.
Alguns políticos foram
presos, outros renunciaram e o presidente à época diz que não “sabia de nada” e
que “conspiravam pelas suas costas”. Ainda assim, o governo Lula conquistou o
voto de confiança da população e, se reelegeu em 2006. O País, impulsionado
pelo crescimento da China e pela alta nos preços das commodities, seguiu seu
caminho, procrastinando as reformas que se faziam necessárias.
O emprego
crescia na área de serviços e a indústria dava seus sinais de fadiga pela
ausência de uma política industrial, que oferecesse ao parque industrial
brasileiro segurança para investir em um futuro melhor. Se a China era um
esteio para o Brasil, também virou o destino de muitas empresas brasileiras que
fincaram praça naquele País e passaram a exportar para nossa terra, levando
embora empregos e tecnologia.
Ainda assim, o governo
contava com o apoio dos movimentos sociais e da maioria dos partidos ligados à
classe trabalhadora, por manter com eles um canal de diálogo permanente, embora
isso não resultasse em colocar em prática a agenda que interessava à população.
Dessa forma, adiava-se mais uma vez a construção de um País melhor, mesmo Lula
tendo deixado o governo com a maior taxa de aceitação obtida por um governante
e conseguindo eleger sua sucessora, a atual presidente da República, Dilma
Rousseff.
Começou então a ficar
evidente que o adiamento das discussões profundas que eram do interesse da
classe trabalhadora foi proposital e muito prejudicial ao País e ao povo
brasileiro. A presidente negou-se a dialogar com as forças da sociedade,
imaginando-se dona da verdade e senhora absoluta do poder. A população, por
meio dos movimentos sociais, deixou de ser ouvida e sequer foi recebida em
audiências para se manifestar sobre assuntos de seu interesse.
Neste momento, surgiu entre
representantes da população, a necessidade de manter viva a mesma esperança que
permitiu levar um operário ao poder: um País melhor e mais digno para os
brasileiros que constroem esta nação todos os dias.
No final de 2012, sob a
liderança de diversas forças políticas do País, decidiu-se que era preciso
manter a chama acesa. Por isso, nasceu a necessidade de criar um partido que
representasse os interesses do Brasil que trabalha e produz. Começava a nascer
o Solidariedade.
Nesse período, o movimento
contou com a colaboração de diversos grupos políticos, principalmente de
integrantes da luta trabalhista, que foram responsáveis pela coleta da grande
maioria das assinaturas de apoio necessárias à criação do partido.
À época, o Solidariedade,
para ter seu registro junto ao Tribunal Superior Eleitoral, necessitava de
aproximadamente 492 mil assinaturas de eleitores para ser oficializado.
Obtivemos o registro junto à
Justiça Eleitoral no dia 24 de setembro de 2013, às 22h22, com o apoio de 502
mil eleitores, de diversas partes do País. Para isso, obtivemos quatro, dos
sete votos do Tribunal Superior Eleitoral, começando com três votos contrários,
porém vencendo por quatro votos a três, e alcançando o nosso tão esperado
registro.
Nascemos na oposição. o
Solidariedade foi um dos únicos partidos, após a redemocratização, a obter o
registro sem demonstrar apoio ao atual governo. O Solidariedade foi o 33º
partido político a ser reconhecido no Brasil e, em seu primeiro ano, foi a 16ª
bancada, em tamanho, na Câmara dos Deputados.
Isso foi possível porque, com
a criação do partido, veio também a possibilidade daqueles que tinham mandato
eletivo de mudarem de legenda sem que cometessem infidelidade partidária e
perdessem seus mandatos. Dessa maneira, muitas lideranças migraram para o
Solidariedade.
O desafio imediato após a
criação foi trazer para a legenda lideranças que pudessem ser candidatos em nossa
primeira eleição. A lei eleitoral à época determinava que candidatos que
desejassem concorrer deveriam estar filiados a um partido político um ano antes
do pleito eleitoral. Em consequência disso, e pelo fato do Solidariedade ter
tido seu registro deferido nove dias antes do fim do prazo de um ano
determinado pela lei, tivemos apenas esse período para filiar candidatos que
desejassem concorrer às eleições de 2014.
Mesmo diante de
circunstâncias tão desafiadoras, o Solidariedade filiou 24 deputados federais,
21 deputados estaduais, um vice-governador, um senador, mais de 200 prefeitos,
100 vice-prefeitos e cerca de três mil vereadores. Além de concorrer às
eleições de 2014 em todo o território brasileiro.
Em franca oposição ao governo
federal, disputamos as eleições de 2014 e elegemos 18 deputados federais –
sendo três suplentes – além de 23 deputados estaduais. O trabalho não parou aí,
nosso partido obteve cada vez mais espaço em governos estaduais e municipais.
Em diversos estados participamos da gestão pública, como é o caso atualmente do
Maranhão, Pará e São Paulo, entre outros.
Em 2016, o Solidariedade
concorreu às suas primeiras eleições municipais. O partido elegeu 63 prefeitos,
140 vice-prefeitos e 1.438 vereadores em todo Brasil. Os eleitores acreditaram
no Solidariedade dando um voto de confiança. Agora, vem muito trabalho e a
nossa meta é crescer ainda mais.
Em todo País, milhares de
pessoas que desejam fazer política para aqueles que mais precisam estão se
filiando ao partido, aderindo aos valores da “Cooperação e solidariedade como
compromissos fundantes de todas as relações sociais”, da “Valorização do
trabalho humano” e do “Desenvolvimento econômico, humano e sustentável”. Já são
mais de 115 mil filiados em todo o território nacional, segundo dados de
janeiro de 2016, e o número segue aumentando.
Com o objetivo de reforçar
esses valores, o Solidariedade instituiu em toda sua estrutura partidária sete
secretarias, que representam movimentos ativos da sociedade civil. Assim como
exigido em nosso estatuto, elas devem ser criadas em todos os âmbitos de
representação do partido, federal, estadual e municipal, e seus representantes
devem ser de fato atuantes em sua categoria, sendo elas: Secretaria da Mulher,
Secretaria dos Aposentados, Pensionistas e Idosos, Secretaria dos Jovens,
Secretaria do Movimento Sindical, Secretaria de Igualdade Social, Secretaria do
Meio Ambiente, Desenvolvimento Sustentável e Agricultura Familiar, Secretaria
da Liberdade de Expressão Religiosa e Filosófica Secretaria da Pessoa com
Deficiência.
Vale destacar que o
Solidariedade está em constante evolução, buscando sempre servir às
necessidades e anseios da população. Exemplo disso foi o desmembramento da
antiga Secretaria do Negro, Índio, Meio Ambiente e Minorias, que foi dividida
em duas, em fevereiro de 2015. Nascida desse desmembramento, a Secretaria do
Meio Ambiente, Desenvolvimento Sustentável e Agricultura Familiar veio reforçar
a importância do desenvolvimento sustentável como um dos valores centrais do
partido e constituir a questão da agricultura familiar como um diferencial do
Solidariedade, que possui fortes lideranças no segmento e defende essa parcela
dos produtores rurais que são responsáveis pela maioria dos insumos e alimentos
consumidos no País.
Da mesma forma, a Secretaria
dos Negros, Índios e Movimentos Sociais, também nascida dessa mudança, pôde
focar melhor seu trabalho e defender os segmentos da população que,
historicamente, foram sempre colocados em segundo plano e ainda não obtiveram
sua parcela na riqueza produzida no País. No mesmo estatuto, a Secretaria dos
Aposentados e Pensionistas passou a se chamar Secretaria dos Aposentados,
Pensionistas e Idosos, destacando o peso e a importância crescente que as
pessoas de idade avançada têm ganhado na sociedade brasileira.
O primeiro e atual presidente
do Solidariedade, eleito pelos 151 membros do Diretório Nacional, juntamente
com toda a sua executiva nacional, é o sindicalista Paulo Pereira da Silva,
mais conhecido como Paulinho da Força, deputado federal no terceiro mandato e
defensor dos direitos dos trabalhadores. Paulinho é também presidente da Força
Sindical, segunda maior central do País, que representa mais de 16 milhões
trabalhadores no Brasil.
Paulinho foi um dos
articuladores da criação do Solidariedade por acreditar que a população
precisava, e ainda precisa, voltar a se sentir representada na política e que
ainda existe muito a ser feito no que diz respeito aos direitos dos
trabalhadores, dos empresários, dos aposentados, das crianças, dos jovens e dos
mais necessitados.
Nosso primeiro líder na
Câmara dos Deputados, à frente da nossa bancada em 2014, foi o deputado
Fernando Francischini, que tem como marcas pessoais o combate ao crime
organizado e ao uso de drogas. À frente da bancada, o deputado liderou o
enfrentamento às medidas danosas do governo Dilma aos trabalhadores e ajudou o
partido a se destacar na oposição./estudionoticias
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