Fernando Collor de Mello
(PTC), ex-presidente e atual senador por Alagoas, anunciou que é pré-candidato
à Presidência da República em 2018. Ele fez o anúncio em entrevista à rádio
Gazeta de Arapiraca (AL), pertencente ao grupo de comunicação de sua família em
Alagoas.
Segundo Collor, existe um
“vácuo” entre os possíveis concorrentes ao Planalto, com Lula na extrema
esquerda e Jair Bolsonaro na extrema direita.
"Tenho uma vantagem em
relação a alguns candidatos porque já presidi o país. Meu partido todos
conhecem, sabem o modo como eu penso e ajo para atingir os objetivos que a
população deseja para a melhoria de sua qualidade de vida", afirmou.
Após ganhar as eleições de
1989 em um segundo turno disputado contra Lula, Collor presidiu o País entre
1990 e 1992. Ele se tornou o primeiro presidente a sofrer impeachment,
assumindo em seu lugar o vice, Itamar Franco.
Réu
Vale destacar que, em agosto
do ano passado, a segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) aceitou denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral
da República (PGR) contra Collor pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro
e organização criminosa. Com a decisão, Collor virou réu nas investigações da
Operação Lava Jato.
A PGR acusou o parlamentar de
receber R$ 29 milhões em propina pela suposta influência política na BR Distribuidora,
empresa subsidiária da Petrobras. Segundo o então procurador-geral da
República, Rodrigo Janot, além de Collor, estariam envolvidos no suposto
esquema a mulher do senador, Caroline Collor, e mais seis acusados que atuavam
como “operadores particulares” e “testas de ferro” no recebimento dos valores.
Para o advogado Juarez
Tavares, não houve ato de ofício que possa comprovar contrapartida por parte do
senador para receber a suposta propina. "Não há prova efetiva de que o
senador Collor de Mello tivesse recebido dinheiro destas entidades às quais
estaria vinculado, ou seja, a BR Distribuidora, os postos de gasolina ou as
empresas privadas às quais fazia contrato. Não há uma prova de que o ingresso
nas contas do senador advém dessas empresas ou de atos vinculados à realização
desses contratos”, disse o advogado na época.
“Digo a vocês que esse é um
dos momentos mais importantes da minha vida pessoal. Hoje, a minha decisão está
tomada: sou, sim, pré-candidato à Presidência da República”, afirmou o senador
alagoano, que participou de um evento na cidade de Arapiraca com a prefeita
Célia Rocha (PTB).
Apelidado de ‘caçador de
marajás’, Collor venceu em 1989 a primeira eleição direta após a
redemocratização do País, derrotando vários candidatos, entre eles Leonel
Brizola (PDT), Ulysses Guimarães (PMDB) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva (PT), com quem disputou o segundo turno.
Ele sofreu impeachment, por suspeita de corrupção em 1992.
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