A votação expressiva dos
chamadas candidatos da terra, aqueles oriundos da própria cidade ou que nela
residem por vários anos, além de reforçar nomes como Caio Checon (13.489
votos/federal), Uldurico Junior [reeleito] (9.733 votos/federal), Marta Helena (12.960
votos/estadual), Lucas Bocão (12.267 votos/estadual), José Gonzaga
(3.605/estadual) e Cabo Alencar (2.960/estadual), mostrou um cenário novo para
a disputa municipal em 2020, quando o eleitorado vai eleger ou reeleger os
prefeitos e vereadores.
As urnas no município de
Teixeira de Freitas também expuseram que o sentimento do eleitor e uso massivo
nas redes sociais, acabaram por diminuir o peso da máquina pública e o tempo
eleitoral das campanhas nos veículos tradicionais de comunicação.
Candidatos como Caio Checon,
Marta Helena e José Gonzaga, todos ex-vereadores, fizeram campanhas modestas e
no entanto obtiveram resultados expressivos. Por outro lado o prefeito Temóteo
Brito (PSD), apesar dos 2.611 votos dados a Robinho, que é da região, não conseguiu
o mesmo desempenho para seu candidato a deputado federal Paulo Magalhães, que
ficou na 11ª colocação na cidade, com apenas 1.015 votos.
A candidatura do radialista
Lucas Bocão, que foi o segundo mais votado da cidade com 10.267 votos, mais uma
vez parou nas articulações de Uldurico Pinto para reeleger o filho Uldurico
Junior, que com 66.343 vai ocupar o segundo mandato de deputado federal a
partir do ano que vem. Bocão alcançou 38.799 votos no geral, mas sua coligação
não atingiu coeficiente necessário para que ele pudesse chegar à Assembleia
Legislativa.
Esquerda
Outro cenário interessante a
ser observado na votação deste domingo (7) em Teixeira de Freitas, foi o peso
que as lideranças de esquerda ainda exercem no município. O ex-prefeito João
Bosco deu 3.039 votos para Josias Gomes (federal reeleito) e 2.508 a Paulo
Ranger (estadual eleito). Valmir Assunção e Jorge Solla, os dois reeleitos
federais chegaram a 2.930 e 2.319 respectivamente, além dos estaduais Luiz
Carlos Suica e Maria Del Carmen (reeleita), ambos do PT, com 1.462 e 1.299,
respectivamente. Ainda teve o vereador Leonardo do Sindicato (PCdoB), que
alcançou 1.229 votos no município de Teixeira de Freitas.
De fora
Dos chamados “forasteiros” os
destaques foram Paulo Rangel (PT) e Paulo Câmara (PSDB), os dois eleitos para a
Assembleia. Câmara, que obteve 1.638 votos no município e o foi o segundo mais
votado daqueles candidatos de fora, na manhã desta segunda-feira (8) tratou
logo de telefonar para o vereador Agnaldo da Saúde, um dos seus apoiadores em
Teixeira de Freitas e agradeceu a votação. Outra expressiva votação foi dada
para a Professora Dayane Pimentel, eleita deputada federal do PSL, com 3.584
votos. Ela foi a terceira mais votada em Teixeira de Freitas.
Conclusão: Para mudar a realidade
do seu governo e chegar em 2020 com força para disputar mais um mandato, o
prefeito Temóteo Brito (PSD) precisa repensar a sua gestão, sobretudo nos
setores estratégicos, como a saúde. Já os campeões de votos na cidade, como
Caio Checon, Marta Helena e Lucas Bocão, se eles não deixarem a vaidade pessoal
contrapor o interesse público, podem chegar em 2020 com chances reais de
vitória. Os líderes da esquerda, que demonstraram força no pleito municipal,
têm que sentarem à mesa, aparar as arestas e definir uma estratégia, pois do
ponto de vista eleitoral, a fragmentação só interessa a um, aquele que é o seu
adversário.
Em tempo: Pra se vencer uma
eleição municipal em Teixeira de Freitas, historicamente, é preciso a união de
dois ou mais grupos. Quem pensar num projeto político individual, corre o risco
de nadar muito e morrer na areia!/TN
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