Em ação deflagrada na manhã
desta quarta-feira, 10, a Polícia Federal identificou a pessoa responsável pelo
vídeo divulgado no domingo (7), dia do primeiro turno das eleições, em que o
eleitor vota utilizando uma arma de fogo. Após realizar uma busca e apreensão
no estado do Paraná, os investigadores descobriram tratar-se de "um
simulacro de arma", ou seja, uma arma falsa.
A ação no Paraná foi uma das
três realizadas simultaneamente pela PF para investigar e coibir crimes
relacionados às eleições de 2018. As outras duas foram em São Paulo e Sergipe e
miravam pessoas que gravaram vídeo incitando o ódio contra candidatos. O
objetivo dos investigadores é identificar todos os responsáveis por produzir e
divulgar informações que possam atrapalhar o andamento da disputa eleitoral.
"A gente tem como
chegar, é preciso que o cidadão saiba que os atos no mundo virtual também têm
consequências e, se for crime, o autor da postagem será identificado. Ninguém é
anônimo na rede", afirmou o delegado Guilherme Torres, da Diretoria de
Inteligência Policial da PF.
Nesse caso do vídeo do voto
com a arma falsa, o responsável irá responder pelo crime de violação de sigilo
porque a lei eleitoral proíbe o uso de equipamento de captação de vídeo e foto
no momento do voto.
A PF conseguiu identificar o
autor do vídeo com a arma falsa por meio de um laudo prosopográfico que compara
as características faciais como as proporções e curvas. Os investigadores
conseguiram separar uma imagem do rosto que aparece no vídeo e comparar com
imagens postadas pelo suspeito nas redes sociais.
Após a identificação, a PF
pediu à Justiça autorização para busca e apreensão contra Maykon Santana
Aníbal, de 26 anos. Na residência, os investigadores encontraram a arma falsa e
tomaram o depoimento de Aníbal. Ele teria confessado que gravou o vídeo e
alegou estar sob influência de bebida alcoólica.
As ações desta quarta, 10,
integram o conjunto de atividades desenvolvidas pelo Centro Integrado de
Comando e Controle Eleitoral - CICCE/2018, em Brasília, e têm como objetivo
aprofundar as investigações sobre vídeos que circularam recentemente nas redes
sociais e decorrem do trabalho de acompanhamento efetuado pela PF para
identificar e afastar possíveis ameaças ao processo eleitoral de 2018./uol
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